Oclacitinib pode ser alternativa para tratar animais com doenças autoimunes da pele
Postado em 2025-02-12Medicamento pode substituir o uso de glicocorticoides, especialmente em pacientes idosos
O uso do medicamento oclacitinib pode ser uma alterantiva no tratamento do pênfigo foliáceo em cães. Artigo publicado pela Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia (MV&Z) relata o caso de uma cadela labrador de 10 anos diagnosticada com a doença.
O pênfigo foliáceo é uma doença autoimune que causa erosões e bolhas na pele, tanto em humanos, quanto animais. A maioria dos casos dessa condição em cães atingem a região do focinho, olhos e orelhas, podendo eventualmente acometer a face e as extremidades dos membros.
No caso estudado pelos autores do artigo, quando combinado ao clobetasol, o oclacitinib mostrou eficácia no tratamento da doença, permitindo:
- Redução da dose necessária;
- Diminuição dos efeitos colaterais;
- Substituição de glicocorticoides em cães idosos ou que apresentam restrições ao uso desse tipo de medicação.
De acordo com o relato, o responsável afirmava que o animal apresentava coceira intensa há 11 meses e relatava que a cadela havia realizado tratamento para dermatite alérgica a picadas de pulgas, mas sem sucesso. Após três semanas utilizando oclatinib, o animal apresentou melhora nas lesões da pele e na coceira, e cinco meses depois houve melhora significativa na condição geral do paciente.
Segundo Alana Marques dos Santos, autora correspondente do artigo, é muito importante conversar e orientar o tutor sobre o que se espera desse protocolo, pois foram publicados poucos trabalhos sobre o uso de oclacitinib para tratamento de doenças autoimunes, e, por isso, deve-se sempre ter cautela ao prescrever esse fármaco em doses elevadas.
O artigo publicado traz o oclacitinib como uma possível alternativa para o tratamento de pênfigo foliáceo em cães, demonstrando resposta terapêutica e uma boa margem de segurança em comparação aos glicocorticoides.
Confira o relato de caso publicado na Revista MV&Z para entender mais sobre essa abordagem.