A doença afeta bovinos e tem implicações diretas na segurança alimentar, na saúde pública e no comércio internacional

A encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como “doença da vaca louca”, é uma enfermidade neurodegenerativa causada por príons que afeta bovinos e possui sérios impactos na saúde pública, na segurança alimentar e na economia, especialmente no comércio internacional de carne. Por ser o maior exportador mundial e detentor do maior rebanho bovino, o Brasil deve manter rigorosa vigilância sanitária para evitar prejuízos à cadeia produtiva.

A doença apresenta duas formas:

  • clássica, associada à ingestão de rações contaminadas;
  • atípica, que ocorre espontaneamente em animais mais velhos.

Ambas levam à degeneração do sistema nervoso central, resultando na morte do animal.

Como não há cura nem tratamento, a prevenção é a principal medida de controle, destacando-se a proibição do uso de subprodutos de origem animal na alimentação de ruminantes e a necessidade de garantir a qualidade dos insumos utilizados na nutrição, que representam até 70% dos custos de produção.

“Tanto produtores quanto autoridades sanitárias têm papel essencial, os primeiros devem assegurar o manejo nutricional adequado e os segundos devem implementar sistemas de rastreabilidade e testes rápidos para diagnóstico e descarte de animais infectados”, reforça a médica-veterinária e docente Mariana Santos de Miranda.

O enfrentamento da EEB exige esforços integrados entre ciência, fiscalização e conscientização pública para garantir a segurança alimentar, proteger a saúde humana e manter a competitividade do agronegócio brasileiro no cenário internacional. Para entender mais profundamente os desafios sanitários, econômicos e nutricionais relacionados à doença, leia o artigo técnico completo, publicado na Revista MV&Z.