Utilização do método turbidimétrico para determinação de hemoglobina glicada (HBA1C) em cães diabéticos e não diabéticos

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B. A. Lomasi
F. Fonseca

Resumo

A maior sobrevida e as mudanças nos hábitos de vida dos cães têm permitido o surgimento frequente de doenças como Diabetes mellitus. Os sintomas estão diretamente ligados a sua gravidade, com diagnóstico clínico caracterizado pela presença de poliúria, polifagia, polidipsia e perda de peso. O diagnóstico laboratorial é confirmado pela ocorrência de hiperglicemia em jejum e glicosúria persistentes. A insulinoterapia aplica-se nos casos de Diabetes mellitus insulino dependente (DMID) e objetiva o controle glicêmico e a diminuição dos sintomas. A hemoglobina glicada (HbA1c) é importante marcador de risco de complicações diabéticas, porém pouco utilizado na rotina veterinária devido à escassez e discrepância de valores de referência, à ausência de padronização nas metodologias e ao número insuficiente de indivíduos analisados. Dessa maneira, este trabalho analisa o emprego da HbA1c como marcador prognóstico de Diabetes mellitus em cães, estabelece a relação da HbA1c com as variáveis clínico-epidemiológicas e bioquímicas e propõe valores de referência de HbA1c para cães diabéticos e não diabéticos. Foram selecionados aleatoriamente 86 cães saudáveis e 20 cães diabéticos de idade e raças variadas, machos e fêmeas, castrados e não castrados. Os exames de triagem realizados foram: hemograma completo, ureia, creatinina, ALT, FAL e glicemia em jejum e hemoglobina glicada pelo método de turbidimetria, segundo normas de Boas Práticas de Laboratório. O teste de correlação de Spearman foi empregado para verificar a relação entre a HbA1c e as variáveis bioquímicas e hematológicas. Utilizou-se a curva ROC (Receiver Operating Characteristic) para analisar a capacidade diagnóstica da glicose e da hemoglobina glicada para predizer diabetes em cães e Data Analysis and Statistical Software for Professionals (Stata) versão 11.0®. Intervalos de confiança (95%): 84,4 a 92,5mg/dL (glicemia), 3,8% a 4,0% (HbA1c), 6,4 a 7,0x106/ul (hemácias), 14,8% a 15,8% (hemoglobina), 43% a 45% (hematócrito), 0,9 a 1,1mg/dl (creatinina). A HbA1c apresenta correlação tanto com a glicose (p<0,001) como com a creatinina (p0,002) e, quando avaliada por turbidimetria HbA1c, pode servir como um marcador de Diabetes mellitus em cães. 

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Como Citar
LOMASI, B. A.; FONSECA, F. Utilização do método turbidimétrico para determinação de hemoglobina glicada (HBA1C) em cães diabéticos e não diabéticos. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 15, n. 2, p. 78-78, 11 dez. 2017.
Seção
VII CONGRESSO PAULISTA DAS ESPECIALIDADES