Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP https://revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz <p>A <strong>Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP</strong>, publicada exclusivamente na versão digital pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), tem como objetivo contribuir para a educação continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia e divulgar artigos originais com conteúdos técnicos e científicos nas diversas áreas de atuação profissional.</p> <p>&nbsp;A publicação é uma nova versão da Revista de Educação Continuada, editada pelo Conselho até 2005. Os artigos devem ser referenciados em diferentes autores de modo a desenvolver reflexões críticas sobre as temáticas abordadas. São aceitas regularmente contribuições nas categorias: revisão, artigo técnico, relato de caso e ensaio.</p> <p>&nbsp;A Revista recebe submissões de textos de autores titulados como doutores, mestres, especialistas e graduados. Para estudantes de graduação, é necessária a co-autoria com mestres ou doutores.</p> <p>As submissões devem ser feitas no site, em “Enviar submissão”.</p> <p>e-ISSN: 2596-1306</p> Conselho Regional de Medicina Veterinária e Zootecnia do Estado de São Paulo pt-BR Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP 2596-1306 <p>1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/legalcode" target="_blank" rel="noopener">Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional</a></p> <p>2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusica da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p> <p>3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios instituicionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html">O Efeito do Acesso Livre</a>);</p> <p>&nbsp;</p> Mucinose cutânea em um cão da raça shar-pei: relato de caso https://revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/38529 <p>A mucinose cutânea é uma doença autoimune que consiste na deposição exacerbada de mucina na pele. Acomete principalmente os cães da raça shar-pei devido a um fenótipo característico representado por pele espessada com múltiplas dobras. A mucinose cutânea pode se apresentar por meio de lesões focais, multifocais ou difusas, variando de leves a graves, além de linfedema em membros. O presente trabalho relata o caso de um cão com quatro anos de idade que manifestou alterações cutâneas, inicialmente com edema e hematoma nos membros pélvicos, as quais evoluíram, resultando na degradação da pele e exposição dos ligamentos do membro afetado. O exame histopatológico diagnosticou a mucinose cutânea. O tratamento incluiu a administração de corticoides via oral, juntamente com a realização de curativos tópicos que envolveram a limpeza das lesões e a aplicação de pomadas apropriadas. O objetivo deste relato se originou da observação da gravidade dos sinais clínicos apresentados pela paciente e da eficácia notável do tratamento aplicado, que resultou na reestruturação da pele.</p> Aline Bertozo Cavalheiro Tamela Caroline Messias de Oliveira Prado Copyright (c) 2024 Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP 2024-03-27 2024-03-27 22 10.36440/recmvz.v22.38529 Identificação de Cyniclomyces guttulatus por meio do exame parasitológico de fezes em filhote canino: relato de caso https://revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/38503 <p>Das doenças mais recorrentes na prática clínica veterinária, as gastroenterites apresentam elevada prevalência, cursando com sinais clínicos de êmese e diarreia, com etiologia variada, como infecções bacterianas, parasitárias, virais, fúngicas e quadros de intoxicações. O Cyniclomyces guttulatus é um fungo comensal residente da microbiota natural de coelhos e roedores que vem sendo relatado como causador oportunista de desordens gastrointestinais em cães. Neste contexto, foi atendido no Hospital Veterinário do Centro Universitário Fundação de Ensino Octávio Bastos (Unifeob) um cão de dois meses de idade em período de primovacinação e primovermifugação com histórico de diarreia com muco após gradativa troca de ração. Foi realizado o exame parasitológico de fezes, evidenciando presença de células leveduriformes cilíndricas de Cyniclomyces guttulatus em três amostras colhidas em dias consecutivos pelas técnicas de centrífugo-flutuação com sulfato de zinco e exame direto das fezes, sem evidências de coinfecção com outros parasitos intestinais. Após o diagnóstico, foi instituído o tratamento durante vinte dias com Fluconazol 5mg/kg, administrado a cada 72 horas. Após o tratamento, uma amostra de fezes foi examinada, revelando ainda a presença de estruturas leveduriformes. No entanto, devido ao status incompleto de imunização e vermifugação do cão jovem, optou-se por não repetir o tratamento. Em vez disso, foi sugerida uma nova colheita de fezes após a conclusão dos protocolos sanitários, quando o filhote não apresentou a presença das estruturas em análise fecal. O achado foi associado à imunidade ainda em desenvolvimento do animal nessa fase da sua vida.</p> Júlia Cecília Pirola Pamela Custodio Parra Fernanda L. S. B. Varzim Mariely Thais de Souza Copyright (c) 2024 Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP 2024-04-01 2024-04-01 22 10.36440/recmvz.v22.38503 Insuficiência pancreática exócrina em felinos: análise de um caso clínico e suas implicações https://revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/38609 <p>A insuficiência pancreática exócrina (IPE) é uma condição funcional caracterizada pela secreção inadequada de enzimas digestivas pelas células acinares do pâncreas, levando a uma má absorção e eventual síndrome de desnutrição crônica. Nos felinos, embora seja uma das principais afecções do pâncreas exócrino, é, frequentemente, subdiagnosticada e pouco relatada. Diversos fatores foram identificados como possíveis desencadeadores dessa síndrome em felinos, sendo a pancreatite crônica considerada o estágio final mais aceito. Desde a introdução e validação do teste da imunorreatividade semelhante à tripsina felina (fTLI), aumentou-se o diagnóstico de IPE em gatos, entretanto, muitos casos permanecem sem diagnóstico, devido à inespecificidade dos sinais clínicos e alterações clínico patológicas apresentadas pelos pacientes. O tratamento dos animais acometidos, normalmente, é bem sucedido por meio da suplementação enzimática pancreática na dieta. Produtos comerciais estão disponíveis e o pó é considerado mais eficaz que a administração de comprimidos ou cápsulas. O presente relato descreve um caso clínico de IPE em um felino e discute os sinais clínicos apresentados nessa espécie, diagnóstico, tratamento e os principais diferenciais que devem ser considerados para conclusão do diagnóstico.</p> Liana Thayse Ribeiro Eliza da Rosa Marcia Moleta Colodel Copyright (c) 2024 Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP 2024-05-21 2024-05-21 22 10.36440/recmvz.v22.38609 ERRATA https://revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/38572 <p>Esta errata corrige o documento: 10.36440/recmvz.v21.38466. “Síndrome hepatocutânea em cães: revisão de literatura”. A revista foi informada sobre um erro relacionado ao tempo de sobrevida do animal, no último parágrafo do subtítulo “Tratamento”, na página 6 do artigo, publicado no Vol. 21 (2023). A informação correta é: O prognóstico da SHC depende da doença de base; caso a doença hepática esteja em estágio terminal e a neoplasia seja irressecável, o prognóstico é ruim (DOERR, 2022), tendo os pacientes uma média de 3 a 6 meses de vida (DOERR, 2022; NAM et al., 2017; WATSON, 2017), mas, em casos particulares, animais que realizam este tratamento podem ter uma sobrevida de 12 meses ou mais após o diagnóstico (BACH; GLASSER, 2013; NAM et al., 2017). Alguns com leves alterações hepáticas, podem viver por muito tempo com suplementação nutricional e tratamento de suporte (DOERR, 2022).</p> CRMV-SP Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de SP Copyright (c) 2024 Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP 2024-01-09 2024-01-09 22 10.36440/recmvz.v22.38572 Estudo de três casos alóctones de leishmaniose visceral canina em Jaboticabal, São Paulo, Brasil https://revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/38550 <p>A leishmaniose visceral (LV) é uma antropozoonose global que afeta humanos, cães e animais silvestres. O cão é considerado o principal reservatório urbano da doença, causada pelo protozoário Leishmania infantum e transmitida pela picada do vetor Lutzomyia longipalpis. A infecção pode ser assintomática ou sintomática, apresentando alterações que incluem anemia, caquexia, febre, linfadenomegalia, esplenomegalia e hepatomegalia, lesões cutâneas e onicogrifose. O diagnóstico ocorre por meio da pesquisa direta ou indireta do parasita em amostras de sangue, lesões cutâneas, fígado, baço, aspirado de linfonodo e medula óssea. Este estudo descreve três casos de LV em cães oriundos de Pirajuí e importados para Jaboticabal, SP, Brasil. Os diagnósticos foram confirmados por testes clínicos, sorológicos, moleculares e parasitários, destacando variações nos resultados. A necessidade de múltiplos métodos diagnósticos é enfatizada devido às diferentes manifestações da doença. O artigo também ressalta a importância do controle do trânsito de cães entre regiões para evitar a disseminação da LV, sugerindo medidas de prevenção e controle para áreas não endêmicas.</p> Gabriela Piovan Lima Ana Beatriz Botto de Barros da Cruz Favaro Fernanda Ramalho Ramos Bethânia Almeida Gouveia Paulo Henrique Leal Bertolo Mariana Rodrigues Miotto Adolorata Aparecida Bianco Carvalho Rosemeri de Oliveira Vasconcelos Copyright (c) 2024 Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP 2024-03-27 2024-03-27 22 10.36440/recmvz.v22.38550 Revisão de literatura: Tritrichomonas foetus em felinos domésticos (Felis catus) https://revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/38555 <p>A tricomoníase felina é uma doença emergente, cujo patógeno, Tritrichomonas foetus, foi reconhecido nas últimas décadas, anteriormente, sendo atribuída à Giardia spp. devido às suas semelhanças morfológicas e sintomatologia análoga. Nos felinos, o principal sintoma é a diarreia. Essa condição é decorrente de um processo inflamatório no intestino grosso (colite), podendo ser crônica ou intermitente. As fezes podem apresentar odor fétido, presença de muco e, eventualmente, estrias de sangue, bem como coloração verde-amarelada. O animal também pode manifestar anorexia, êmese, perda de peso, tenesmo e flatulência. A transmissão ocorre através da ingestão dos trofozoítos, via fecal-oral e por meio do grooming. Animais que vivem em ambientes de elevada densidade populacional são mais propensos a desenvolver a infecção em comparação com aqueles que não vivem em ambientes multi-gatos. A precisão do diagnóstico pode ser reduzida devido às semelhanças morfológicas entre os protozoários dos gêneros Giardia e Tritrichomonas, tornando essa enfermidade, muitas vezes, subdiagnosticada. A eficácia do tratamento não depende apenas do diagnóstico preciso da enfermidade, mas também da suscetibilidade do patógeno aos fármacos. O diagnóstico precoce, tratamento apropriado e práticas de manejo adequado são essenciais para a resolução desta enfermidade. Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo compilar informações sobre a tricomoníase em gatos domésticos.</p> Sofia Furrier Soares Gisele Moraes dos Santos Reginaldo Sandra Valéria Inácio Natália de Souza Sapatera Katia Denise Saraiva Bresciani Copyright (c) 2024 Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP 2024-05-14 2024-05-14 22 10.36440/recmvz.v22.38555 Alterações hematológicas na síndrome paraneoplásica em caninos e felinos: uma revisão de literatura https://revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/article/view/38507 <p>As síndromes paraneoplásicas (SPN) são um conjunto de alterações decorrentes da produção de substâncias pelos tumores que causam impacto em áreas distantes da massa tumoral ou de suas metástases. Essas alterações ocorrem devido às ações não invasivas do tumor como, por exemplo, a liberação de hormônios, peptídeos, citocinas ou uma reação cruzada entre os tecidos normais. As alterações envolvidas na SPN envolvem uma série de efeitos combinados e promovidos em outros órgãos, distantes da origem tumoral, primária ou metastática. O grau de malignidade é variável de maior ou menor intensidade, cuja incidência e diagnóstico são pouco estudados. As principais síndromes paraneoplásicas descritas em pequenos animais incluem caquexia, febre, alterações neurológicas, endócrinas, tegumentares e hematológicas, que serão abordadas na presente revisão. A forma como a maioria dessas síndromes ocorre ainda não está estabelecida ou não é, completamente, compreendida.</p> Pamela Custodio Parra Julia Cecilia Pirola Fernanda L. S. B. Varzim Copyright (c) 2024 Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP 2024-01-31 2024-01-31 22 10.36440/recmvz.v22.38507