Mudança de comportamento de aranhas (acanthoscurria parahybana ) após reestruturação e enriquecimento ambiental dos recintos
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Abstract
O presente trabalho objetivou detectar o repertório comportamental expresso e comparar o desempenho de aranhas mantidas no LEIAS antes e após o enriquecimento ambiental dos recintos, contribuindo com um estudo preliminar do comportamento da espécie analisada, avaliação do bem-estar de aranhas e aprimorar o manejo dessa espécie. Sete aranhas A. parahybana, quatro adultas e três jovens, foram acondicionadas individualmente em recipientes plásticos que apresentavam área de 627 cm2 ou de 999 cm2, com tampas para evitar a fuga dos animais, sendo que nestas existiam orifícios para promover a circulação do ar. Os animais eram previamente acondicionados apenas com uma folha de papel recobrindo o fundo do espaço e um recipiente de água. Para promover o enriquecimento e mimetizar o ambiente natural, foi composto e adicionado substrato à base de areia, fibras de coco e seixos de rio e, para ambientação e refúgio, folhas, ramos de plantas e quengas de coco (endocarpo). Antes desse enriquecimento ambiental, que foi principalmente físico e sensorial, as aranhas demonstravam movimentos restritos, frequentes comportamentos defensivos de liberação de pelos durante o manuseio e ausência de produção de seda e ooteca. Após a aplicação dos incrementos, foi observado que 54,14% das aranhas produziram seda nas primeiras 24 horas e 100% após 48 horas, além de “grooming”. Um exemplar das mais jovens produziu ooteca 24 horas após ser colocado no novo recinto, não sendo observada ecdise em nenhuma delas. Nos animais de produção, as alterações comportamentais são frequentemente utilizadas como um indicador para a avaliação do bem-estar animal, e nas aranhas isso não é diferente. Os aspectos avaliados demonstram a melhoria do bem-estar desses animais devido à confecção de ambientes que preenchem os requisitos básicos necessários ou mimetizam o seu ambiente natural. Considerando-se os resultados observados, conclui-se que a reestruturação do ambiente teve aceitação, proporcionando conforto aos animais, que apresentaram resultados positivos em relação à saúde física e psicológica das espécies submetidas a esse manejo.
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