João Paulo de Almeida Ferreira dos Santos
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG
Nayara Resende Nasciutti
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG
Patricia Magalhães de Oliveira
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG
Carolina Anjos
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG
Felipe Gonçalves Garcia
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG
Abstract
O Toxoplasma gondii é um parasita que tem como hospedeiro definitivo todos os felídeos, e como hospedeiros intermediários os mamíferos, dentre eles o próprio felídeo, o homem e o equino. A contaminação nos herbívoros ocorre pela ingestão de gramíneas e ração contaminadas pelo oocisto. Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia um equino, macho, quarto de milha, de dois anos e meio de idade, com histórico de fezes pastosas, emagrecimento e incoordenação nos membros posteriores. Ficava com uma égua em um piquete, que morreu dez dias antes com os mesmo sinais clínicos, sendo a alimentação a base de pasto e sal mineral e água em cocho. No hemograma foi constatado anemia, sendo também realizado diagnóstico diferencial para anemia infecciosa equina, resultando em negativo, e sorologia com Elisa para Neospora sp, Toxoplasma gondii e Sarcocystis neurona, obtendo-se resultado positivo para toxoplasmose. Como tratamento foi utilizado diclazuril, por 28 dias, o animal melhorou e foi dado alta. Após aproximadamente 30 dias o animal teve recidiva dos sinais, foi encaminhado novamente ao hospital onde foi realizado ELISA do soro e líquor para as três enfermidades toxoplasmose, neosporose e EPM, dando IGG positivo para Toxoplasma gondii apenas no soro, logo recomeçou o tratamento dessa vez com sulfadiazina, pirimetamina e ácido fólico, por um tempo maior, até o momento o animal não apresentou sinais de recidiva. Segundo a literatura consultada, embora essa espécie seja considera resistente em desenvolver sintomatologia clínica, já foram encontrados sinais que incluem hiperirritabilidade, incoordenação, desordem do sistema nervoso e ocular. A sorologia continua a ser a principal abordagem para o estabelecimento de um diagnóstico de toxoplasmose. O tratamento mais utilizado é a associação de sulfadiazina com a pirimetamina, clindamicina, sulfato de clindamicina e cloridrato de clindamicina. Acredita-se que a recidiva dos sinais tenha sido pelo pouco tempo de tratamento.