Caio de Araújo Brito
Universidade Federal da Bahia, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Salvador, BA
Cibele Andrade Silva
Universidade Federal da Bahia, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Salvador, BA
Mariluce Cardoso Oliveira
Universidade Federal da Bahia, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Salvador, BA
Priscila Silva
Universidade Federal da Bahia, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Salvador, BA
José Eugênio Guimarães
Universidade Federal da Bahia, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Salvador, BA
Maria Consuêlo Caribé Ayres
Universidade Federal da Bahia, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Salvador, BA
Abstract
O Estado da Bahia é o segundo maior produtor de ovinos do Brasil, com 17,4% do rebanho nacional, ressaltando que a exploração para carne vem se destacando nos últimos anos. O rebanho de ovinos do Nordeste brasileiro se caracteriza, principalmente, por animais adaptados às condições edafoclimáticas da região, entretanto sem muita especialização na produção de carne. Este fato leva o pecuarista a introduzir raças mais especializadas visando o cruzamento com as nativas. O presente trabalho verificou a dinâmica dos indicadores do metabolismo proteico (proteínas totais, albumina, globulinas e uréia) durante o desenvolvimento etário de cordeiros nascidos de cruzamento industrial (1/2 sangue Santa Inês e 1/2 sangue Dorper). Vinte cinco ovelhas hígidas Santa Inês foram acompanhadas desde a fase da inseminação artificial, até as fases de gestação e lactação, visando-se evitar alterações metabólicas. Após parição os cordeiros resultados dessas gestações foram acompanhados desde a primeira semana de vida até seis meses de idade, onde foram realizadas colheitas de sangue periodicamente para obtenção de soro e realização das análises bioquímicas (proteínas totais, albumina, globulinas e ureia). As dinâmicas dos indicadores do metabolismo protéico apresentaram os seguintes resultado para as fases de desenvolvimento etário estudadas: a concentração de Proteínas séricas totais apresentou-se elevada até os primeiros sete dias de vida dos animais, mantendo-se em menor concentração com o desenvolvimento dos animais; a concentração de albumina sérica teve menor valor aos primeiros sete dias de vida, mas chegou ao seu pico aos 120 dias pós- nascimento; a concentração das globulinas séricas obteve maior valor nos primeiros sete dias de vida e diminuindo sua concentração à medida que os animais foram se desenvolvendo, e a concentração sérica de Uréia apresentou a mesma dinâmica do componente Albumina, tendo seu menor valor nos primeiros sete dias pós nascimento, mas aumentando nos períodos analisados subseqüentemente. Os resultados deste trabalho confirmam que uma interação adequada entre o manejo sanitário, nutricional, adaptados ao tipo de clima de determinada região podem proporcionar o bom desempenho de animais, principalmente os que se encontram em fase de crescimento. Os metabólitos avaliados variaram com a fase de desenvolvimento etário.