Aloisio Bitencourt Nascimento
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde, Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular, Salvador, BA
Alessandro Bitencourt Nascimento
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde, Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular, Salvador, BA
José Tadeu Raynal Rocha Filho
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde, Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular, Salvador, BA
Thaís Brito de Oliveira
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde, Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular, Salvador, BA
Tatiane Santana Sales
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde, Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular, Salvador, BA
Abstract
O presente trabalho realizou um inquérito sobre o conhecimento dos produtores rurais do município de Ribeira do Pombal, Nordeste Baiano, a respeito do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus, que nos países tropicais e subtropicais causa prejuízos para a pecuária devido às altas taxas de morbidade e mortalidade e consequente queda na produção. As perdas econômicas no Brasil relacionadas ao carrapato são estimadas em cerca de 1 bilhão de dólares por ano. Foi aplicado um questionário a 25 produtores rurais, perguntando: O que e quanto produziam? Quais animais são menos infestados por carrapato: zebuíno, taurino ou mestiço? Infestação por carrapatos causa diminuição da produção de leite e carne? Se R. microplus tem o potencial de transmitir doenças? Por quanto tempo utiliza o mesmo carrapaticida? Escolhem o produto: pelo preço, indicação ou propaganda e orientação técnica? Horário em que aplicam o acaricida: manhã, tarde e noite? Utiliza equipamento de proteção individual no momento da aplicação? Lê a bula antes de utilizar o carrapaticida? O acaricida tem a capacidade de contaminar carne, leite e ambiente e intoxicar o homem? Como descarta as embalagens: no lixo, queima, enterra, devolve a loja ou deixa no curral? Os resultados demonstraram que 60% dos participantes da pesquisa sabem que animais zebuínos têm maior resistência ao carrapato, bem como em sua totalidade sabem que o mesmo tem o potencial de transmitir doença. Já 92% sabem que a infestação causada pelo ectoparasita provoca perdas de produtividade. Entretanto, 80% dos produtores dizem ter orientação no momento da escolha do produto, contudo no momento da aplicação 72% deles a faz pela manhã o que comprovadamente diminui a eficácia dos carrapaticidas. Também não usam nenhum tipo de equipamentos de proteção individual 32% deles, apesar de 80% deles terem conhecimento que podem se intoxicar, contaminar o ambiente e que os carrapaticidas podem deixar resíduos no leite e na carne. Somente 8% deles descartam as embalagens de forma correta. Portanto, o modo que a informação chega até eles não está sendo realizada na prática. Mesmo tendo o conhecimento mínimo sobre o parasito os produtores rurais usam o produto de forma inadequada, ou seja, a informação está sendo apenas instrutora e não educadora, sendo assim a eficiência tenderá a cair ainda mais.