Naiara Ferreira Hodniki
Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Uberlândia, MG
Fernando Ferreira
Frederico Ozanan Carneiro e Silva
Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Uberlândia, MG
Lara Reis Gomes
Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Uberlândia, MG
Angelita das Graças de Oliveira Honorato
Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Uberlândia, MG
Fabiana Manoela Umbelina de Oliveira
Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Uberlândia, MG
Abstract
O presente trabalho pesquisou as origens e distribuições das artérias mesentéricas cranial e caudal, pois este segmento anatômico é muito importante aos aspectos da clínica do aparelho digestório da espécie equina. Foram dissecados 30 fetos de equinos provenientes do abate de fêmeas no Frigorífico Pomar, no município de Araguari – MG, 15 machos e 15 fêmeas. Foram injetadas soluções de látex do tipo Artecol NR1001. A seguir, foram fixadas em formaldeído a 10% e submersas na mesma solução por um período 72 horas. Para o acesso à cavidade abdominal foram realizadas três incisões, a primeira na linha mediana ventral, a segunda ao longo do arco costal, desde a cartilagem xifóidea até a extremidade dorsal da última costela, e a ultima perpendicular à primeira, desde a região púbica até o processo transverso da última vértebra lombar. A parede do abdome foi rebatida lateralmente e o mesmo procedimento foi repetido no outro antímero para facilitar a manipulação das vísceras. Os resultados obtidos demonstraram que a artéria mesentérica cranial, nos 30 casos, surgiu da face ventral da aorta abdominal ao nível da primeira vértebra lombar. A artéria pancreaticoduodenal foi o primeiro ramo, este foi para o fígado juntando-se com a artéria hepática. Foram encontradas diferentes quantidades de artérias jejunais (aj) dentre os 30 animais dissecados, sendo estas quantidades: 16aj em dois animais, 17aj em um, 18aj em oito, 19aj em seis, 20aj em seis, 21aj em quatro, 22aj em dois, 23aj em dois e 24aj em um. A artéria ileocecocólica parece ser a continuação da mesentérica cranial, em todos os casos ela emite uma artéria ileal, duas artérias cecais e um ramo cólico para o cólon maior. A artéria cólica direita é uma artéria calibrosa e foi identificada ao longo das partes dorsais do cólon maior, enquanto a artéria cólica média é bem menor e foi observada na origem do cólon menor. Ambas foram observadas nos 30 casos originando-se juntas, geralmente de um tronco comum emitido pela artéria mesentérica cranial. Em alguns casos, também são emitidos desse mesmo tronco um ramo jejunal (22) e um pancreático (11). A origem da artéria mesentérica caudal variou de entre as artérias testiculares (10), cranialmente às artérias testiculares (4), caudalmente às artérias testiculares (1), caudalmente às artérias ovarianas (9), entre às artérias ovarianas (5) e cranialmente às artérias ovarianas (1). Foi observada sua divisão em artéria cólica esquerda, que emite ramos que irrigam a maior parte do cólon menor e artéria retal cranial, que emite ramos que irrigam o reto.