Wédila Jesus
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Laboratório e Núcleo de Estudos em Doenças Infecciosas, Cruz das Almas, BA
Marcus Paulo de Matos Maturino
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Laboratório e Núcleo de Estudos em Doenças Infecciosas, Cruz das Almas, BA
Itamar Eloy Machado da Silva
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Itapetininga, SP
Manuela Matos Maturino
Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA
Monique Araujo Santos
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Laboratório e Núcleo de Estudos em Doenças Infecciosas, Cruz das Almas, BA
Abstract
A Esquistossomose é decorrente da infecção humana pelos trematódeos do gênero Schistosoma, é uma das principais doenças parasitária de veiculação hídrica que afeta o homem, pessoas contaminadas permitem com que outros indivíduos adquiram a doença ao liberar ovos do parasita em suas fezes e urina, quando estas são depositadas em rios, córregos e outros ambientes de água doce; ou quando chegam até estes locais pelas enxurradas. Apesar de a esquistossomose ser transmitida a qualquer indivíduo, existem grupos específicos que estão em maior risco de se infectarem, sendo relacionados principalmente em crianças em idade escolar e as mulheres em idade fértil, sobretudo as adolescentes. Este estudo traçou o perfil epidemiológico da Esquistossomose no município de Gandu no estado da Bahia. Foi realizado um estudo retrospectivo e descritivo dos casos notificados no SINAN no período de 2007 a 2010. Foram relacionadas às seguintes variáveis: sexo, idade e áreas do município com maior número de casos que contribuem para o aparecimento de novos casos da doença. A partir dos resultados encontrados no período de estudo, foram notificados 594 casos distribuídos de forma crescente a cada ano, sendo que a maioria dos indivíduos residiam na zona rural 57%, na variável sexo o feminino foi o mais afetado com 53% contra 47% no sexo masculino, essa preponderância foi observada em todas as faixas etárias estudadas, porém houve uma maior prevalência entre 15 a 28 anos (31%) e 0 a 14 anos (29%). A falta de saneamento básico e infraestrutura em residentes rurais são os principais fatores que contribuem para a incidência da Esquistossomose Os diferentes perfis epidemiológicos em que Esquistossomose se apresenta, torna-a de difícil controle, por isso sugere-se que as medidas sócias educativas sejam tomadas fim de orientar a comunidade a respeito da contaminação e desta forma diminuir e controlar a sua disseminação.