Identificação de ixodídeos coletados em animais silvestres no parque zoológico municipal “quinzinho de barros”, Sorocaba, São Paulo, Brasil
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Abstract
Jardins zoológicos são eficientes centros de pesquisas, fornecendo informações dos animais selvagens mantidos em cativeiro e dos indivíduos retirados do ambiente natural e encaminhados às instituições em diversas situações. O presente trabalho relata a identificação dos ixodídeos encontrados fixados em animais selvagens no Zoológico de Sorocaba, durante os exames de rotina no Hospital Veterinário. Carrapatos da família Ixodidae foram coletados de animais silvestres do plantel do Zoológico de Sorocaba, sendo a sua grande maioria dos hospedeiros oriundos da condição de vida livre capturados em municípios vizinhos. Nos últimos três anos (2014, 2015 e 2016), ixodídeos foram coletados e armazenados em álcool 70o, sendo posteriormente enviados ao Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal da FMVZ-USP, para à identificação e tombamento. Um total de 589 espécimes de carrapatos foram coletados e identificados com o emprego de estereomicroscópio e chaves taxonômicas, em 15 espécies de animais silvestres cativos de um total de 1.300 indivíduos, divididos nas classes das aves e mamíferos. Desta forma, os animais amostrados com suas respectivas espécies de carrapatos identificados foram: Aves: Caracara plancus (Amblyomma sculptum), Rhea americana (A. sculptum) e Spizaetus tyrannus (A. parkeri); Mamíferos: Alouatta guariba (A. sculptum), Sphiggurus villosus (A. longirostre e Amblyomma sp.), Eira barbara (A. ovale), Lycalopex vetulus (A. sculptum), Puma concolor (A. aureolatum e Amblyomma sp.), Hydrochoerus hydrochaeris (A. dubitatum e A. sculptum), Myocastor coypus (A. dubitatum), Myrmecophaga tridactyla (A. Calcaratum e A. nodosum), Tamandua tetradactyla (A. Calcaratum e A. nodosum), Pecari tajacu (A. sculptum), Mazama gouazoubira (A. brasiliense, A. dubitatum, A. incisum, A. sculptum, Amblyomma sp., Haemaphysalis juxtakochi, Ixodes aragaoi, Dermacentor nitens e Ripicephalus microplus) e Tapirus terrestris (A. brasiliense, A. incisum, A. ovale, Amblyomma sp., H. juxtakochi e R. microplus). O estudo da ixodofauna em Parques Zoológicos tem contribuído com novas notificações de ixodídeos parasitando hospedeiro; como exemplo, temos a primeira notificação de A. parkeri em S. tirannus em território nacional e é oportuno ressaltar que os agentes biológicos patogênicos podem ser transmitidos pelos ixodídeos, entre animais silvestres e os seres humanos, em um ambiente artificial como é o caso dos Jardins Zoológicos.
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