Otite externa em cães causada por Malassezia spp.: eficácia de duas soluções otológicas contendo miconazol
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Abstract
A levedura Malassezia pachydermatis é comumente isolada da pele de animais saudáveis e causa infecções quando há alterações no microclima da superfície da pele e/ou orelha ou quando o animal está com a resposta imune comprometida. Visando à melhora rápida e eficiente dos animais atendidos com otite externa causada por Malassezia spp., o presente trabalho, aprovado pela CEUA sob n. 148/2015, avaliou e comparou a eficácia e o tempo de tratamento de duas soluções otológicas, com protocolos de uso diferentes, mas contendo o mesmo antifúngico (miconazol), o mesmo antibiótico (gentamicina) e anti-inflamatórios diferentes (um deles contendo betametasona e outro aceponato de hidrocortisona). Todos os animais utilizaram ceruminolítico à base de ácido lático e ácido salicílico, uma vez ao dia, durante o tratamento. Foram selecionados 20 animais da espécie canina, independentemente de sexo, raça ou idade, acometidos por otite externa causada por Malassezia spp.. Dez desses animais foram provenientes do Hovet Metodista e dez provenientes da clínica veterinária particular Santarelli. Nos dois locais, os animais foram divididos em dois grupos iguais. O Grupo A utilizou o Produto A como forma de tratamento, que continha na fórmula o aceponato de hidrocortisona, e protocolo de uso de aplicação uma vez ao dia, por cinco dias; o Grupo B utilizou o Produto B, que continha a betametasona, e protocolo de uso de aplicação duas vezes ao dia, por dez dias. Quanto aos resultados, após sete dias da adesão ao projeto, foi realizada uma nova citologia para contagem de leveduras por campo e observou-se que 80% dos animais que utilizaram o Produto, já apresentaram contagem igual ou menor que cinco leveduras por campo, enquanto apenas 40% apresentaram a mesma contagem com o Produto B. Após 14 dias, uma nova citologia foi realizada e os dois grupos revelaram, no geral, uma melhora relevante do quadro de otite externa, com redução considerável da quantidade de leveduras por campo. Quanto ao tempo de tratamento, os animais que utilizaram o Produto, apresentaram a melhora em menor tempo em relação aos que utilizaram o Produto B. Foi observado também que 80% dos animais atendidos tinham a doença de forma recidivante e que ela se desenvolvia por conta do desequilíbrio no controle de uma doença primária, como, por exemplo, a dermatite atópica canina.
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