Vigilância ativa oficial para salmonela e micoplasma em granjas de reprodução de galinhas (matrizes) no estado do Paraná, Brasil
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Abstract
O Brasil encontra-se hoje na liderança mundial da exportação e na terceira posição global na produção de carne de frango, o que gera cerca de 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos e responde por aproximadamente 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O Estado do Paraná é o líder nacional na produção de carne de frango, respondendo por 27,5% dessa expressiva produção. Porém, existem inúmeros desafios a serem superados, inclusive alguns relativos aos aspectos sanitários. Salmonelose e micoplasmose aviária são doenças que afetam de forma significativa a produção avícola brasileira e mundial, pelos impactos econômicos gerados e por questões que envolvem danos diretos à saúde pública. No Brasil, o MAPA criou, em 1994, o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), que conta com arcabouço legal que prevê, dentre outras ações, o controle de quatro sorotipos de salmonelas (S. Gallinarum, S. Pullorum, S.Typhimurium e S. Enteritidis) e três sorotipos de micoplasmas (M. Gallispeticum, M. Synoviae e M. Melleagridis). Sendo assim, a ADAPAR, órgão executor do PNSA no Estado do Paraná, por meio da Instrução Interna de Serviço 01 (IS 01), criou em 2013 ações complementares de vigilância sanitária ativa para salmonelose e micoplasmose, com foco nos estabelecimentos avícolas de reprodução que instituíram uma série de coletas e análises oficiais para essas enfermidades. Foram analisados os dados gerados das análises das coletas oficiais, em todas as regiões do Estado, entre abril de 2013 e setembro de 2014, de 337 núcleos de reprodução (matrizeiros de galinhas), o que representa 82,19% do total existente, à época, no Paraná. Foi detectado, nesse montante, uma granja com isolamento de Salmonella spp., aproximadamente 0,3% do total. Dois núcleos de reprodução foram identificados como positivos para Mycoplasma gallispeticum, representando 0,59% dos matrizeiros analisados; para Mycoplasma synoviae foram detectadas 44 granjas positivas, totalizando 13,05% dos núcleos amostrados. As medidas instituídas pelo PNSA visando ao controle sanitário, para cada situação, foram realizadas e acompanhadas pelo Serviço Veterinário oficial. Os índices gerais observados nas ações de vigilância ativa foram correspondentes ao detectados nas análises de rotina nas granjas de controle permanente que seguem metodologias previstas na Nn 44/01 e na Nn 78/03 do MAPA. As prevalências de salmonelose e micoplasmose, nos estabelecimentos avícolas de reprodução do Estado do Paraná, foram consideradas baixas e isso se deve, dentre outros fatores, ao rígido controle de biosseguridade implementado pelas empresas avícolas atuantes na região.
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