Estudo epidemiológico nas estações de alevinagem das regiões norte e oeste do estado do Paraná
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Abstract
Com o aumento da produção da aquicultura continental no Brasil e
no Paraná, especialmente do pescado de cultivo, o Serviço Veterinário
Oficial se prepara para acompanhar a atividade no que se refere ao
controle sanitário das fases de produção que oferecem maior risco de
disseminação de doenças, visando a evitar a ocorrência de perdas por
perigos sanitários. O presente estudo epidemiológico, realizado pelo
Serviço Veterinário Oficial do Estado do Paraná, teve por objetivos:
conhecer a produção de alevinos, seu sistema de manejo e de produção,
identificar as enfermidades prevalentes nas estações de alevinagem do
Paraná e identificar fatores de risco associados à presença das referidas
enfermidades. Inicialmente foi aplicado um questionário para cada
estação de alevinagem para caracterizar a sua produção e os manejos
das águas e sanitário. Foram também realizadas 126 colheitas em
34 alevinoculturas durante os meses de setembro a maio dos anos de
2011 a 2013. Os exemplares vivos foram encaminhados ao Centro de
Diagnóstico Marcos Enrietti – CDME, para exames bacteriológicos,
parasitológicos, patológicos e virológicos. Em relação às espécies
criadas, 80% dos reprodutores são de Tilápias, contendo ou não outras
espécies na mesma estação, 12% são de Lambaris e as demais, Jundiá,
Carpa, Pacu, Curimbatá, Bagre Piapara, Piau, Piauçu e Matrinchã, têm
percentual individual por espécie, menor que 5% entre os reprodutores.
As propriedades analisadas tinham em média 24 tanques, com lâmina
d´água em torno de 44.500m2 com capacidade de produção média
de 5.000.000 de alevinos/ano, com comercialização de 3.000.000 de
alevinos/ano. Em relação às práticas sanitárias, foi constatado que a
assistência técnica era realizada principalmente por técnicos agrícolas
e biólogos. Para o controle e prevenção de doenças, os produtores usam
principalmente sal, esporadicamente antibióticos e observam os prazos de
carência dos produtos. Quanto aos achados laboratoriais, foi observada a
predominância de parasitas externos, especialmente os do Filo Protozoa,
presença de alguns gêneros de bactérias, fungos e não foram encontrados
vírus. Preliminarmente, conclui-se que o estudo realizado foi essencial
para viabilizar o conhecimento da produção, manejo sanitário e a
identificação dos patógenos prevalentes nessa fase de produção. A
continuidade deste estudo será dirigida para buscar o conhecimento das
demais fases da produção de tilápias mediante um estudo epidemiológico
desenhado para detecção dos patógenos de notificação obrigatória, em
conjunto com a implantação de um programa nacional de sanidade dos
animais aquáticos.
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