Análise das ocorrências de doenças dos suínos notificadas na ficha epidemiológica mensal em 2014, no Paraná
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Abstract
A Ficha Epidemiológica Mensal faz parte do Sistema de Informação Nacional e foi padronizada e instituída pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para as notificações de ocorrência de enfermidades dos animais em qualquer caso confirmado. O Paraná, por meio do serviço veterinário estadual, instituiu em 2011 o sistema on-line de notificação de enfermidades dos animais para médicosveterinários autônomos autorizados, a fim de facilitar os registros de ocorrência de enfermidades na Ficha Epidemiológica Mensal. A suinocultura do Paraná é expressiva nos cenários nacional e mundial, sendo de grande importância econômica e sanitária um sistema de vigilância epidemiológica alerta e eficiente que propicie o acompanhamento da ocorrência de enfermidades. O objetivo da análise é demonstrar as enfermidades dos suínos que foram relatadas ao Serviço Veterinário Oficial do Estado da Ficha Epidemiológica Mensal no ano de 2014. Das 936 notificações de enfermidades dos animais, 282 corresponderam a enfermidades de suínos. Essas notificações foram analisadas de maneira descritiva e quantitativa, estabelecendo as frequências de enfermidades relatadas nas respectivas fichas. Em um total de 5.502 focos relatados nas diferentes espécies animais, 55,1% eram relacionados a suínos, e estavam distribuídos em 18 diferentes enfermidades. Destas, as doenças com maior frequência foram: pleuropneumonia suína (23,7%), influenza comum dos suínos (20,5%), circovirose (18,4%) e pneumonias inespecíficas (12,8%), seguidas de coccidiose (8,9%), rinite atrófica (4,2%), doença de Glasser (3,2%), outras pasteureloses (1,4%) e colibacilose (1,3%). As doenças com menor frequência foram: enteropatia proliferativa (0,8%), pneumonia enzoótica (0,6%), outras clostridioses (0,23%) e doença do edema (0,1%). Também houve relatos de meningite estreptocócica, sarna e tétano (0,06%), cisticercose e erisipela (0,03%), além de outras causas com diagnóstico indefinido (3,63%). Com esses resultados pode-se inferir que no período analisado houve uma maior frequência de doenças do trato respiratório. Os resultados obtidos traçam um perfil das enfermidades que acometem suínos no Estado do Paraná, destacam a importância da biosseguridade no sistema produtivo de suínos e subsidiam o serviço oficial na diferenciação de enfermidades de notificação obrigatória, bem como o setor produtivo para o desencadeamento de ações voltadas para o manejo e prevenção. Demonstram ainda o comprometimento dos médicos-veterinários autônomos atuantes na suinocultura paranaense.
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