Avaliação do grau de vulnerabilidade das granjas de reprodutores suídeos certificadas no estado do Rio Grande do Sul
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Abstract
Diante da demanda por maior produtividade, a suinocultura, ao longo dos anos, vem passando por modificações que resultaram em sistemas de produção caracterizados atualmente por confinamentos, com alta densidade animal, maior número de instalações por granjas e concentração de granjas em limitadas áreas geográficas. Esse conjunto de fatores ampliou a pressão de infecção e o risco do surgimento de doenças transmissíveis que impactam diretamente no custo produtivo, no bem-estar animal e até mesmo na saúde pública (zoonoses), principalmente quando as granjas apresentam alto grau de vulnerabilidade às doenças. Nesse contexto, uma das condições específicas para o reconhecimento de uma granja de reprodutores suídeos certificada (GRSC), conforme a Instrução Normativa SDA nº 19, de 15 de fevereiro de 2002, é a sua avaliação para a classificação inicial quanto ao grau de vulnerabilidade à entrada de agentes patogênicos. Sendo assim, o presente trabalho avaliou o grau de vulnerabilidade das GRSC à entrada de patógenos externos no Estado do Rio Grande do Sul (RS), durante o ano de 2014. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo dos registros das tabelas de avaliação do grau de vulnerabilidade de GRSC à entrada de patógenos externos, conforme a IN n° 19/2002, existentes no banco de dados da Secretaria da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul (SEAP-RS). Os resultados obtidos indicaram que das 78 GRSC certificadas em conjunto pela SEAP-RS e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, no Estado do Rio Grande do Sul, duas (2,5%) foram classificadas como granja A, 12 (15,3%) como granja B, 48 (61,5%) como granja C e 16 (20,5%) como granja D. Neste sentido, foram observados os aspectos positivos para a biossegurança das GRSC, tais como a reposição do plantel por apenas uma granja fornecedora de suídeos, que foi evidenciada em 59 (75%) das granjas, bem como o transporte do alimento fornecido aos animais, em caminhão/ graneleiro que não transporta suínos em 78 (100%) das propriedades. No entanto, no que se refere à qualidade do isolamento da granja (cercas), 63 (80%) possuiam apenas tela com menos de 50 metros dos galpões, enquanto o desejável seria a existência de cerca dupla intercalada com cinturão verde. Noque se refere à existência de quarentenário na propriedade, 64 (82%) das GRSC avaliadas introduzia, os suínos sem a realização de quarentena. A conclusão obtida foi que no Estado do Rio Grande do Sul a redução da vulnerabilidade dos plantéis de reprodutores suideos certificados e o sucesso dos programas de biosseguridade estão na dependência da introdução de avanços técnicos e quiçá de alterações na legislação em vigor.
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