Notificações de doenças de ovinos recebidas pelo serviço veterinário oficial estadual do Rio Grande do Sul em 2014
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Abstract
O Estado do Rio Grande do Sul contabiliza o maior rebanho de ovinos do país, representando 24,6% da ovinocultura brasileira, expressando-se como importante atividade econômica e cultural. Assim como nas demais espécies de animais de produção, a sanidade do rebanho de ovinos é assegurada pelas atividades executadas pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO), com o atendimento das notificações de ocorrências de enfermidades de notificação compulsória, definidas nas legislações estadual e federal, contando, desde 2014, com o Programa Estadual de Sanidade Ovina (PROESO). O presente trabalho avaliou as principais enfermidades notificadas ao SVO, assim como as suas distribuições geográficas e os números de animais afetados. Foram levantados os dados que constavam nos Formulários de Investigação Epidemiológica (Form-in) referentes ao período de janeiro a dezembro de 2014, constantes do banco da Seção de Epidemiologia e Estatística (SEE). Dos 790 Form-in recebidos pela SEE das diferentes espécies de animais, houve 37 (4,68%) ocorrências em ovinos, tendo como diagnósticos: epididimite ovina 43%, sarna ovina 27%, língua azul 14%, ectima contagioso 8%, síndrome nervosa, intoxicação e coenurose 3%. A patologia mais frequente foi a epididimite ovina, cujo controle é parte integrante do plano de ação instituído por meio do PROESO. A epididimite é uma doença de notificação compulsória ao SVO e são considerados animais infectados pela Brucela ovis, ovinos que apresentem resultado positivo em qualquer uma das técnicas diagnósticas recomendadas pela Divisão de Defesa Sanitária Animal para detecção direta ou indireta do respectivo agente infeccioso. No que se refere à distribuição geográfica, das notificações, por mesorregião, tem-se: Sudoeste Rwio-grandense 30%, Sudeste Rio-grandense 24%, Metropolitana de Porto Alegre 19%, Centro Oriental Rio-grandense e Centro Ocidental Rio-grandense 8%, Noroeste e Nordeste Rio-grandense 2%. A mesorregião mais afetada foi a Sudoeste Rio-grandense, localização da maior população de ovinos no Estado. Os resultados obtidos demonstram a relevância das ações implementadas pelo PROESO e reforçam a importância do registro das atividades do SVO com a sua posterior análise, de modo a auxiliar a gestão de medidas sanitárias no Estado do Rio Grande do Sul.
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