Situação epidemiológica da tuberculose bovina no estado de Mato Grosso, Brasil
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Abstract
Em 2009, a situação epidemiológica da tuberculose bovina foi estudada no Estado de Mato Grosso, tradicional exportador de carne com um efetivo bovino de 29 milhões de cabeças. O Estado foi estratificado em quatro regiões. Em cada região foram sorteadas aleatoriamente propriedades nas quais, também de forma aleatória, foram escolhidos um número preestabelecido de animais, que foram submetidos ao teste tuberculínico Cervical Comparativo. No total, foram testados 28.878 animais, provenientes de 1.133 propriedades. Os animais que resultaram inconclusivos foram retestados com o mesmo procedimento diagnóstico em intervalo mínimo de 60 dias. Em cada propriedade trabalhada foi aplicado um questionário para a verificação de possíveis fatores de risco para a doença. No Estado, a prevalência de focos foi de 1,3% [0,7; 2,4] e a de animais 0,12% [0,03; 0,44]. Nas regiões, as prevalências de focos e de animais foram, respectivamente, de 0,0% [0,0; 2,0] e 0,0% [0,0; 0,08] na região pantanal, 1,3% [0,5; 3,1] e 0,04% [0,01; 0,17] na região leite, 0,7% [0,2; 2,7] e 0,01% [0,003; 0,04] na região engorda e 1,7% [0,7; 4,1] e 0,24% [0,06; 0,90] na região cria. Verificou-se que a condição de foco de tuberculose bovina está associada à produção de leite, com raças europeias ou mestiças, com algum grau de sofisticação no modo de produção e em rebanhos com até 486 animais. Tendo em vista as baixas prevalências observadas, a implementação de um sistema de vigilância para detecção e saneamento dos focos residuais constitui a melhor estratégia para o Estado de Mato Grosso, Brasil.
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