Detecção de anticorpos Antileptospira spp. Em touros em idade reprodutiva em rebanhos do município de Bauru, estado de São Paulo, Brasil
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Abstract
A leptospirose é uma zoonose de grande impacto mundial na saúde animal e pública. Essa doença tem como agente infeccioso as espiroquetas do gênero Leptospira spp., com espécies patogênicas e não patogênicas, e tem-se descrito em torno de 13 espécies patogênicas com mais de 260 sorovares. Em animais de produção como os bovinos, o quadro clínico manifesta-se geralmente com falhas reprodutivas, como abortamentos e infertilidade, ocasionando prejuízo econômico nas fazendas, além de representar risco à saúde dos funcionários. Com o intuito de avaliar o estado sanitário da leptospirose nos bovinos reprodutores da região de Bauru, foram examinadas amostras de soros de 37 touros sem sintomatologia clínica; mediante a técnica de Soroaglutinação Microscópica (SAM) realizadas com 28 sorovares da bactéria. Foram detectados 89.2% (33/37) touros reagentes a pelo menos um sorovar testado; sendo os sorovares Hardjo, tipo Hardjoprajitno - referência (81,8%), Hardjo, tipo Hardjoprajitno estirpe Canta Galo-CTG (75,8%), Wolffi (57,5%) e Hardjo, tipo Hardjobovis (51,5%) os mais frequentes. Os resultados obtidos concordam com os de outros estudos semelhantes realizados em bovinos no Brasil. Em Goiás, no exame de 140 touros da microrregião de Goiânia, foi observado 74,3% de soropositividade, e os sorovares mais frequentes foram Wolffi e Hardjo. Em São Paulo, no exame de 2.761 bovinos de sete municípios (incluindo fêmeas e machos de diferentes idades do município de Bauru), foi encontrada uma positividade de 45,6%, e os sorovares Wolffi e Hardjo também foram os mais frequentes. Com esse estudo ratifica-se a grande e preocupante disseminação do sorogrupo Sejroe nos bovinos machos da região, recomendando-se a adoção de medidas profiláticas como vacinação sistemática e melhoramento das condições higiênico-sanitárias das fazendas.
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