Via transcutânea de infecção por Leptospira interrogans em hamsters
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Abstract
Os testes de vacinas experimentais contra leptospirose utilizam desafios de animais vacinados pela via intraperitoneal. Essa via artificial não reproduz a entrada natural das bactérias no hospedeiro, que ocorre principalmente pela pele. Proteínas leptospirais importantes para a entrada das bactérias no hospedeiro e potenciais alvos vacinais podem estar sendo subaproveitadas. O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma via de infecção por Leptospira em hamsters, que simule a natural. Neste estudo realizamos uma raspagem na face interna de uma das pernas dos hamsters, seguido de desafio pela via transcutânea (VT), expondo-os a uma solução contendo Leptospira interrogans sorovar Copenhageni durante 5 minutos. Foram realizados dois experimentos: 1-Dose letal a 50% dos animais (DL50): 4 hamsters por grupo, cada grupo com concentrações de 109 a 105 leptospiras/ ml; 2-Vacinas: 5 hamsters por grupo, um grupo recebeu bacterina e outro PBS, seguido de desafio pela VT com 109 leptospiras/ml. Ambos experimentos foram realizados em triplicata. No experimento 1 a DL50 foi de 3,16×107 leptospiras/ ml para machos e 1,7×107 leptospiras/ml para fêmeas. No experimento 2 todos os animais imunizados com bacterina sobreviveram ao desafio e todos com PBS desenvolveram leptospirose letal. Assim, essa via é viável em experimentos vacinais, tem repetitividade e simula uma infecção natural, o que poderá contribuir para um melhor entendimento da doença e para o desenvolvimento de vacinas contra leptospirose.
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