Ressocialização de cães com perfil agressor: a experiência no município de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, Brasil, no ano de 2015
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Abstract
A Secretaria Especial dos Direitos Animais da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, é responsável pelo recolhimento de cães com perfil agressor não domiciliados do município. As demandas de recolhimento são recebidas pela central telefônica da cidade (156) e repassadas para uma equipe de fiscalização da secretaria, que realiza a averiguação do caso por telefone e posteriormente no local, com acompanhamento veterinário. O recolhimento do animal pode ser uma opção, especialmente se não se tratar de cães comunitários, se não houver o interesse de nenhum morador da região em adotá-lo, se houver mordedura efetiva e se o animal for das raças listadas na lei estadual como potenciais agressoras. O recolhimento é efetuado por uma equipe especializada, chefiada por um médico-veterinário com atuação em comportamento animal, que se responsabiliza pela avaliação, atendimento e acompanhamento clínico e comportamental, alojamento e posterior liberação do animal para adoção. Os possíveis adotantes são submetidos a um monitoramento especial. O programa de ressocialização foi delineado para promover o bem-estar dos cães recolhidos, com o emprego de enriquecimento ambiental, manutenção da saúde, atividades físicas e mentais e técnicas de modificação do comportamento baseadas em reforço positivo. No ano de 2015, foram abertos 498 protocolos de animais bravios, dos quais, 38 foram encaminhados para recolhimento. Dos 38, 26 foram disponibilizados para adoção, e oito deles foram adotados. Três vieram a óbito por diferentes causas e os demais (27) permanecem na Secretaria Especial dos Direitos dos Animais (SEDA), 12 na Unidade de Medicina Veterinária e 15 em abrigo credenciado pela Prefeitura.
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