Padronização de teste imunoenzimático (ELISA) para detecção de anticorpos para o vírus da diarreia viral bovina (VDVB) no colostro de vacas holandesas
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Abstract
A diarréia viral bovina (DVB) é uma doença de importância mundial, responsável por perdas econômicas de 15 a 88 dólares por animal. Uma das principais técnicas usadas na detecção de anticorpos no soro e leite para o VDVB é o ELISA indireto. No entanto, o teste não possui validação para detecção de anticorpos no colostro bovino. Assim, o objetivo desta pesquisa foi padronizar o teste de ELISA indireto na detecção de anticorpos para o VDVB no colostro de vacas Holandesas. Foram selecionadas cinco vacas gestantes não reagentes à técnica de virusneutralização (VN), que foram imunizadas com vacina comercial contendo as estirpes NADL e SINGER do VDVB tipo I e estirpe 125 do VDVB tipo II inativadas, para estimulação da produção de anticorpos vacinais. A imunização foi realizada por meio de 02 aplicações subcutâneas da vacina (5mL) aos 60 e 30 dias pré-parto. Foram colhidas amostras pareadas de sangue, colostro/leite imediatamente após o parto – antes da mamada de colostro pelo recém-nascido (T0) e do 1° ao 15º (T15) dia pósparto. Optou-se por usar o protocolo original do Kit comercial (Ab test, Idexx®, Art. Nº 99-44000) no soro sanguíneo. Na secreção láctea, foram realizados dois protocolos distintos. No protocolo 01 seguiram-se as recomendações do fabricante para o leite, no entanto, devido à dificuldade em aspirar o colostro, o mesmo foi diluído na proporção 1:1 em solução salina tamponada (PBS). Neste protocolo (01) foram analisadas apenas amostras do T0. No protocolo 02, optou-se por separar o soro da secreção láctea, segundo os procedimentos descritos por Klaus, Bennett e Jones (1969), e seguir as recomendações do fabricante para o soro sanguíneo. No protocolo 01, 100% (5/5) das vacas foram não-reagentes ao teste quando o soro sanguíneo foi avaliado, no entanto, 100% (20/20) das amostras de colostro diluído foram soropositivas. No protocolo 02, todas as vacas (100%) foram não-reagentes ao teste de ELISA indireto no soro sanguíneo do T0 ao T15, porém, observou-se soropositividade em 100%, 60% e 20% das amostras de colostro colhidas após o parto (T0), na primeira (T1) e segunda ordenha (T2), respectivamente. Desta forma, considerando o soro sanguíneo controle das reações observadas na secreção mamária, pode-se concluir que o teste somente pode ser usado para detecção de anticorpos na secreção mamária a partir do segundo dia pós-parto.
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