Tumor maligno da bainha de nervo periférico em felino – relato de caso
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Resumo
Os tumores malignos dos nervos periféricos ocorrem com pouca frequência em animais domésticos e pertencem a um grupo heterogêneo de neoplasias malignas da bainha neural periférica, as quais são originárias das células que circundam os axônios dos nervos periféricos ou raízes nervosas. Ao exame clínico, observa-se um aumento de volume na região afetada, com sinais neurológicos presentes ou não. Os sintomas podem resultar em dor, claudicação e atrofia muscular. A radiografia simples da coluna vertebral, análise de líquor, e melógrafa são essenciais nos casos em que há o envolvimento da medula espinhal, assim como exploração cirúrgica para biópsia. O tratamento é restrito à terapia cirúrgica, envolvendo a amputação e ressecção do plexo envolvido e a laminectómica ou hemilaminectomia para remoção da raiz do nervo. Uma gata, sem raça definida de aproximadamente 3 anos foi encaminhada ao serviço de Medicina Felina em 2012 apresentando um quadro clínico de paresia de membros pélvicos, atrofia muscular, dor a palpação e aumento de volume em região lombar e ausência de dor superficial e profunda. Mediante a isso, foi solicitado exame radiográfico simples da coluna lombar, no qual, foi observado um processo lítico de corpos e foramens vertebrais e processos articulares de L4 a L6 e processo transverso de L5 com aumento de volume de partes moles adjacentes ás regiões. Após o resultado radiográfico, foi efetuado o procedimento de biópsia incisional da formação que revelou um neoplasma maligno de células fusiformes, com osteólise multifocal e exudato supurativo brando. O material da biópsia foi enviado para imunohistoquímica, onde foi concluído o diagnóstico de tumor maligno da bainha de nervo periférico (Schwannoma Maligno). As células neoplásicas imune expressaram Vimetina e S100 e não expressaram Desmina, 1A4, Miogenina, AE1AE3, HHF35 e GFAP. Outros exames de rotina como hemograma completo e perfil renal e hepático também foram realizados, porém com valores dentro dos parâmetros de normalidade. O animal foi eutanasiado a pedido do tutor e encaminhado para necrópsia, na qual apresentou uma proliferação neoplásica histologicamente identificada como neurofibrossarcoma, localizada de forma infiltrativa e expansiva envolvendo as últimas quatro vértebras lombares e notou-se também focos de metástase em lobo pulmonar caudal esquerdo. Concluiu-se que é um caso clássico e raro de tumor da bainha de nervo periférico. O prognóstico varia de reservado a ruim e o diagnóstico tardio dificulta o êxito do tratamento
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