Carcinoma de tireóide em cão – relato de caso
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Resumo
As causas de neoplasia da tireóide nos animais domésticos não estão completamente esclarecidas e são infrequentes em cães correspondendo de 1 a 4% de todos os tumores caninos, sendo os carcinomas 88% dos tumores da tireoide. Estes são caracterizados por rápido crescimento e invasivos. São mais comuns em cães de raça média a grande, com idade de 8 a 10 anos, sem predisposição sexual. As radiografias torácicas são importantes para identificar metástases ou neoformação no tecido tireóideo ectópico. Diferente dos gatos, os tumores de tireóide em cães são não funcionais, com menos de 25 % dos cães tendo hipertireoidismo. Relato de caso: Canino, fêmea de 7 anos foi levado ao HOVET/FMU, no início de 2013, com queixa de piodermite. Exame físico não havia alterações, exceto um aumento de volume em região cervical de aproximadamente 12 cm de diâmetro, firme, não aderida em topografia de tireóide. Realizaram-se exames laboratoriais de rotina incluindo radiografia torácica, dosagem de T4 livre, cujo com valor abaixo da referência, ultrassonografia da região e citologia guiada, com resultados sugestivos de neoplasia de tireoide. O animal foi encaminhado para setor de clínica cirúrgica, onde optou-se por tireoidectomia hemilateral. O material foi enviado para análise histopatológica, sendo classificado como carcinoma papilar de tireoide. Discussão: A apresentação clínica mais comum dos carcinomas tireoidianos é uma formação palpável em região cervical. Já as manifestações clinicas, são alterações respiratórias e disfagia causada pela compressão do tumor, sendo que nenhuma destas alterações ocorreu no presente estudo. O exame de ultrassonografia de tireóide foi útil na identificação da glândula e suas alterações, além de ser um método rápido, seguro e de fácil acesso. O exame histopatológico foi determinante confirmar a suspeita de neoplasia maligna, constituindo “procedimento ouro” no diagnostico definitivo. O hipotireoidismo pode ser consequência da destruição do tecido tireóideo normal e subsequente atrofia do mesmo, causados pela neoplasia. A remoção cirúrgica completa é o tratamento de eleição e deve ser considerado quando metástases não forem diagnosticadas. Conclusão: A neoplasia de tireóide em cão é caracterizada por evolução rápida e invasiva; e mesmo sendo uma doença infrequente deve ser considerada como diagnóstico diferencial.
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