Levantamento de casos de janeiro a junho de 2012 atendidos na FisioCare Pet
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Resumo
Pouco se tem na literatura sobre a casuística de animais indicados para fisioterapia veterinária. Objetivamos analisar e comparar a frequência das afecções ortopédicas, neurológicas e obesidade, de animais atendidos nas 8 unidades da FisioCarePet, entre janeiro e junho de 2012. Método: Foi realizado levantamento dos casos atendidose tratados com fisioterapia veterinária, entre JAN/12 eJUN/12 nas unidades daFisioCarePet. Os animais (n=147) foram divididos em grupos por afecções: ortopédicas, neurológicas e obesidade. Os grupos foram subdivididos para avaliar a frequência das afecções. Resultados e Discussão: Observou-se55,1% (n=81) dos casos com afecções ortopédicas, desses, 31 (38,27%)apresentaram displasia coxofemoral (DCF), 21 (25,92%)luxação patelar, 6(7,41%)ruptura de ligamento cruzado cranial (RLCCr), 8 (9,88%)displasia de cotovelo, 10 (12,34%) fratura e 5 (6,18%) apresentaram outras lesões (tendinites e luxações em ombro). Constatou-se que 43,54% (n=64) dos casos apresentaram afecções neurológicas, desses, 45 (37,44%)com doença do disco intervertebral (DDIV), 9 (14,06%)fratura em coluna, 3 (4,69%)sequelas de cinomose e 5 (7,81%) outras lesões (mielopatia degenerativa esíndrome da cauda equina). Apenas 2 (1,36%) cães obesos foram indicados para o emagrecimento.A RLCCré a afecção mais frequente na rotina ortopédica, porém, no presente estudo, DCF e luxação patelar representaram 64% dos casos ortopédicos.Com relação aos casos neurológicos, esse estudo corroborou com a literatura mundial, sendo DDIV a afecção mais frequentes em lesões neurológicas. Conclusão: A divergência na frequência das afecções dos casos ortopédicos pode ser justificada pela boa resposta ao tratamento conservativo nos graus leve/moderado da DCF e na luxação patelar, e foram encaminhados para a fisioterapia. Já para RLCCr é indicada cirurgia. O tratamento conservativo de DDIV, graus I a III, tem ótimos resultados, e nos graus IV e V, melhor prognóstico com fisioterapia no pós-cirúrgico, justificando assim semelhança entre a incidência de casos na literatura e nesse estudo. O desconhecimento da eficácia do tratamento de cães obesos com exercício físico em esteira aquática pode justificar a baixa rotina desses casos.
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