Resposta imune de gatos domésticos primo vacinados para raiva
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Resumo
O gato vem se tornando o animal de companhia mais popular. Em alguns países como Estados Unidos e China, o número de gatos já ultrapassou o número de cães. Os aspectos comportamentais desses animais como o variado grau de dependência dos humanos, um maior número de indivíduos nas colônias e seu instinto predatório sobre morcegos aumentam o risco de infecção desses animais pelo vírus da raiva. O objetivo deste estudo foi analisar a resposta imunológica de gatos a serem transportados para Comunidade Europeia no triênio 2009-2011, que receberam somente uma dose de vacina antivírus da raiva de cultivo celular. Das amostras de soro de gatos recebidas para avaliação dos títulos de anticorpos neutralizantes (AcN), foram analisadas as requisições de exame e selecionadas as que tinham a informação dos animais terem recebido apenas uma dose de vacina até o momento da colheita do sangue. Dados sobre idade, raça e o período entre a aplicação da vacina e a colheita do sangue foram avaliados. As amostras de soro foram processadas pelo teste rápido de inibição de focos fluorescentes (RFFIT) para verificação do título de AcN para raiva. Para este estudo, animais com idade inferior a um ano foram considerados filhotes e com idade superior ou igual a um ano, adultos. Foram consideradas duas faixas de título de AcN expressos em Ul/mL, <0,50Ul/ mL – títulos não protetores e ≥0,50Ul/mL – títulos protetores. Do total de 120 amostras, aproximadamente 9,2% (11) não apresentaram títulos de AcN protetores, independente da idade e do período entre a aplicação da vacina e a coleta do material. Com relação à raça, das 11 amostras, 88% (8) das amostras de gatos sem raça definida tiveram títulos não protetores. Apresentaram títulos protetores, 90,8% (109) das amostras independente da raça, idade ou período de vacinação. Concluiu-se que houve resposta imune satisfatória nas amostras analisadas, porém há necessidade de estudos que avaliem a titulação sorológica frente a outros desafios, principalmente socioeconômico, visto que a maior parte da população de gatos são sem domiciliados ou ferais, sendo estes os que correm maior risco de contato com o vírus da raiva.
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