Resposta imune de cães domésticos que receberam dose única de vacina antivírus da raiva
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Resumo
O principal objetivo da vacinação do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva é manter índices imunogênicos protetores nos animais vacinados, esperando-se que os títulos de anticorpos neutralizantes (AcN) sejam ≥ 0,5UI/mL. Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) como a Oficina Internacional de Epizootias (OIE) consideram essa titulação como referência de status de proteção contra o vírus da raiva e um indicador para avaliar a eficácia da vacina. O objetivo deste estudo foi avaliar, de acordo com a idade, raça e o período entre a aplicação da vacina e a colheita do sangue, a resposta imunológica de cães primo vacinados com vacina de cultivo celular. Para avaliar a resposta imune em cães foram analisadas 432 amostras recebidas no Instituto Pasteur de São Paulo no triênio 2009-2011. Com base nas requisições de exame foram escolhidas as amostras de animais que receberam apenas uma dose de vacina até o momento da colheita do sangue e foram avaliadas as informações sobre idade, raça e período entre a aplicação da vacina e a colheita do sangue. Os dados foram analisados e a avaliação de AcN para o vírus da raiva foi realizada por meio do teste rápido de inibição de focos fluorescentes (RFFIT). Neste estudo, consideraram-se animais com idade até 12 meses como filhotes e acima de 12 meses, adultos. Do total das amostras analisadas (432), 21,76% (94) não possuíam títulos protetores. Dentre essas, 63 (67,02%) amostras eram de filhotes e quando considerada a data de aplicação da vacina e a colheita do sangue, 74 (60,63%) amostras não atingiram a titulação nos seis primeiros meses, mostrando uma janela imunológica importante principalmente em filhotes e o período de intervalo entre a vacinação e a realização do teste. Com relação à raça, não foi verificada nenhuma variação significativa. Concluiu-se a partir desta amostragem, que os filhotes estão mais suscetíveis à infecção pelo vírus da raiva do que os adultos, indicando a necessidade de uma segunda dose de vacina na primovacinação, o que aumentaria a possibilidade de uma resposta rápida, maior e mais duradoura.
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