Persistência do quarto arco aórtico direito em cão adulto - relato de caso
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Resumo
As anomalias dos anéis vasculares são alterações congênitas do sistema vascular intratorácico que podem formar anéis que circundam o esôfago ou traqueia, ou que levem a alterações circulatórias significativas. Dentre essas anomalias a mais frequente é a persistência do quarto arco aórtico direito, que leva à constrição do esôfago torácico na altura do coração causando dilatação do segmento esofágico cranial. Esta afecção tem seu diagnóstico mais frequente em cães jovens, após o desmame, quando iniciam a ingestão de alimentos sólidos, já que a presença da constrição esofágica prejudica a passagem do conteúdo alimentar, levando a dilatação do segmento cranial desse órgão e regurgitação, podendo ocorrer pneumonia por aspiração. Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Santo Amaro - UNISA, uma fêmea canina da raça Chow-Chow, de dois anos e meio de idade, pesando 9,6kg, com histórico de regurgitação após a ingestão de alimento há três meses, segundo o proprietário, período no qual adquiriu o animal do seu antigo dono. Ao exame físico animal demonstrou-se subdesenvolvido, caquético e desidratado. Foi realizado esofagograma, que demonstrou acúmulo de contraste e dilatação da porção cranial do segmento torácico do esôfago, anterior à base cardíaca, sugerindo anomalia do anel vascular. Pela toracotomia intercostal esquerda a suspeita diagnóstica de persistência do quarto arco aórtico direito foi confirmada e corrigida pela secção do ligamento arterioso. Imediatamente após a cirurgia paciente já apresentava melhora do quadro de regurgitação, três meses após o procedimento cirúrgico animal não apresentava mais tal manifestação clínica. O prognóstico da persistência do quarto arco aórtico direito é sempre reservado, pois o animal pode ser comprometido pela pneumonia aspirativa ou pela dilatação esofágica irreversível; a correção precoce reduz a possibilidade de complicações. No caso em questão, o tratamento foi realizado em cão adulto e resultou em total remissão do quadro de regurgitação, associado à dilatação esofágica irreversível. Conclui-se que a dilatação segmentar do esôfago secundária a anomalia do anel vascular deve ser considerada uma hipótese diagnóstica, como diferencial do megaesôfago em cães adultos com histórico de regurgitação.
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