Ruptura de traqueia traumática em cão – relato de caso
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Resumo
Casos de ruptura traqueal são raros, no entanto representam potencial risco de vida aos pequenos animais, sendo considerados casos emergenciais. A eficiência na detecção precoce dos sinais clínicos e estabilização do paciente com uso de técnicas terapêuticas adequadas são de fundamental importância para a sobrevida do animal. Relato de Caso: Um cão foi apresentado com enfi sema subcutâneo por todo o corpo; com histórico de briga com outro cão há 4 dias, todavia não havia escoriações no corpo do paciente. Clinicamente apresentava-se com taquipneia e leve cianose; no exame radiográfico visibilizou-se enfi sema subcutâneo e pneumotórax leve. Diante dos achados clínicos e radiográficos, encaminhou-se o paciente para a cirurgia exploratória da região traqueal cervical. No ato cirúrgico para identificar a lesão, cobriu-se a traqueia com solução fisiológica e com ventilação forçada notou-se presença de bolhas de ar saindo pelo orifício traqueal traumático. Realizou-se a sutura traqueal com pontos simples interrompidos com fio de náilon 2-0, envolvendo os anéis traqueais adjacentes a lesão; testou-se novamente a presença de bolhas, tendo este teste negativo. A musculatura e o tecido subcutâneo foi aproximado com poliglecaprone 3-0 e a pele suturada com náilon 4-0. Resultados e Discussão: O enfi sema subcutâneo e a taquipneia foram diminuindo progressivamente após o procedimento cirúrgico e, com 10 dias de pósoperatório, o paciente estava sem qualquer alteração clinica. As lesões dos tecidos adjacentes auxiliam na identificação da lesão traqueal, especialmente as feridas e hematomas cutâneos, todavia neste caso, a exploração da região traqueal foi necessária, pois o paciente não apresentava qualquer escoriação na pele ou tecido ao redor. A imersão da traqueia em solução fisiológica no ato cirúrgico para identificar o orifício foi fundamental, uma vez que a simples observação não permitiu a localização do trauma. Embora orifícios traqueais pequenos possam se resolver sem a necessidade de tratamento cirúrgico, o paciente neste relato foi encaminhado à cirurgia, pois apresentava evolução negativa desde o dia do trauma, visibilizado pela taquipneia progressiva. Conclusão: Conclui-se neste caso que a ruptura traqueal traumática em cão pode ser tratada com sutura traqueal simples com excelentes resultados.
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