Relato de dois casos de hiperostose periostótica em Canário (Serinus canaria) e Calopsita (Nimphicus hollandius)

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

S. Hagen
G. A. Gomide
L. M. Kanayama
S. M. Unruh

Resumo

A hiperostose poliostótica, cuja patogenia não está esclarecida, é caracterizada pela maior deposição de cálcio ósseo em medular, principalmente de ossos com maior resposta a hormônios estrogênicos. Uma das causas consideradas para desencadear essa condição é o hiperestrogenismo, ocasionado por alterações no oviduto. Nem todos os estudos não têm conseguido provar essa relação. O exame radiográfico revela o aumento de radiopacidade em medular de ossos longos e o ultrassom, cistos ou neoplasias de oviduto. Relato de caso: Duas aves fêmeas, uma calopsita (Nimphicus hollandius) e um canário (Serinus canaria), atendidas no Ambulatório de Aves da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, apresentaram aumento de volume em cavidade celomática caudal. A canário, com 3 anos, apresentava uma hérnia na região de cloaca e aumento de volume em cavidade celomática. Não foi possível a punção de todas as estruturas. A calopsita com 7 anos, apresentava aumento de volume abdominal de consistência macia, empenamento ruim. Ambas apresentavam, radiograficamente, estrutura de radiopacidade água em cavidade celomatica com acentuado abaulamento caudal, sugestivo de hérnia ou neoformação; intensa esclerose em esqueleto apendicular e axial, sugestivo de hiperostose poliostótica. Ao ultrassom, a calopsita apresentava uma estrutura cística (1,6x1,5cm) com conteúdo heterogêneo, com conteúdo sanguinolento turvo à aspiração. No controle ultrassonográfico, nos dias 9, 16 e 30, partindo do primeiro atendimento, a aspiração foi repetida, apresentando um conteúdo líquido amarelo turvo com algumas estrias de sangue vivo. A canário tinha múltiplos e pequenos cistos em topografia oviduto com paredes delgadas e conteúdo anecogênico, seroso amarelado à aspiração Resultados e Discussão: Nos dois casos, as manifestações e exames foram compatíveis com o esperado. Os conteúdos císticos não apresentavam células nem bactérias. A presença de alterações no aparelho reprodutivo reforça a ideia inicial da relação com a quantidade hormonal, porem, esses não foram dosados. Conclusão: Junto aos exames de imagem, a dosagem hormonal e o histopatológico dos cistos em casos de hiperostose poliostótica poderia acrescentar informações quanto à patogenia do processo. O estudo da relação entre a hiperostose poliostótica e os cistos de oviduto deve ser aprofundada.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
HAGEN, S.; GOMIDE, G. A.; KANAYAMA, L. M.; UNRUH, S. M. Relato de dois casos de hiperostose periostótica em Canário (Serinus canaria) e Calopsita (Nimphicus hollandius). Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 2, p. 80-80, 11.
Seção
RESUMOS CONPAVET