Mensuração da peroxidação lipídica em cães clinicamente estáveis nos diferentes estágios da doença renal crônica naturalmente adquirida
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Resumo
Estudos realizados nos estágios terminais da doença renal crônica (DRC) no homem e em ratos com DRC demonstraram que ocorre aumento na produção de espécies reativas de oxigênio. Com o objetivo de determinar se o mesmo ocorre em cães clinicamente estáveis nos diferentes estágios da DRC naturalmente adquirida, foi conduzido o presente estudo. O protocolo experimental foi previamente aprovado, pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Unesp - campus de Jaboticabal-SP conforme processo n.° 013690/11. Foram estudados cinco grupo de cães, com idade variando entre quatro a 18 anos, compreendendo o grupo controle, composto por animais sadios (GC, n=17), grupo com DRC estágio 1 (GDRC-1, n=12), grupo com DRC estágio 2 (GDRC-2, n=10), grupo com DRC estágio 3 (GDRC-3, n=13) e grupo com DRC estágio 4 (GDRC-4, n=10). Os cães com DRC estavam com o quadro clínico estável e sem receber qualquer tipo de tratamento. Os animais sadios ou com DRC foram submetidos a duas coletas de sangue, com intervalo de 24 horas (amostras repetidas), para obtenção de soro. A avaliação da peroxidação lipídica foi realizada pelo método do ácido tiobarbitúrico, que conjugado ao produto malondialdeído, resulta na formação de subprodutos mensuráveis por espectrofotometria. O ensaio foi realizado em duplicatas das amostras de cada avaliação. Os dados obtidos (médias das duplicatas) foram submetidos à ANOVA e ao teste de Fischer (α=0,05). Os resultados estão expressos como média±erro padrão da média. Os valores de creatinina sérica, que nortearam a classificação dos pacientes do GC, GDRC- 1, GDRC-2, GDRC-3 e GDRC-4 foram 1,02±0,02mg/dL; 1,06±0,05mg/dL; 1,80±0,03mg/dL; 3,39±0,21mg/dL e 6,00±0,28mg/dL, respectivamente. Os resultados relativos à peroxidação lipídica foram (GC) 0,025±0,007μmol/L, (GDRC-1) 0,030±0,007μmol/L, (GDRC-2) 0,030±0,006μmol/L, (GDRC- 3) 0,030±0,006μmol/L e (GDRC-4) 0,030±0,007μmol/L. Houve diferença significativa entre a média dos cães sadios e as dos cães com DRC, os quais não diferiram significativamente entre si. Concluiu-se que na DRC ocorre aumento da peroxidação lipídica, estimada por substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico em amostras de soro, cuja intensidade independe do estágio da doença, em cães que se encontram clinicamente estáveis.
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