Ocorrência da helicobacteriose gástrica em cães submetidos à terapia antimicrobiana
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Resumo
A frequência de helicobacteriose gástrica em cães pode variar de 61 a 100%. O tratamento de eleição é a terapia tríplice, que consiste da associação de dois antimicrobianos e um inibidor da secreção ácida, tanto em humanos como em animais. Em medicina veterinária tem se empregado o uso do metronidazol, amoxicilina e omeprazol. Não se conhece o papel de outros antimicrobianos sobre a frequência e eficácia terapêutica sobre esta afecção. Este estudo observacional prospectivo tem por objetivo geral contribuir para o estudo do tratamento das helicobacterioses em cães. Especificamente busca-se determinar a ocorrência de infecção gástrica por Helicobacter spp. em cães necropsiados e submetidos à terapia antimicrobiana até 15 dias ante mortem. Materiais e Métodos: Vinte cães tiveram fragmentos das três regiões gástricas colhidas durante a necroscopia e processados para análise histopatológica cujas lâminas foram coradas por hematoxilina e eosina (HE). Os casos foram agrupados em dois grupos de dez animais cada, consistindo um de animais sob terapia antimicrobiana até 15 dias ante mortem (G1) e outro de animais sem terapia alguma pelo mesmo período (G2). Foram utilizados 13 fêmeas e 7 machos, cães de todos os portes e raças, e com idade variando entre 1 mês a 12 anos. Resultados e Discussão: A ocorrência de helicobacteriose gástrica determinada em cães submetidos à terapia antimicrobiana (G1) foi de 30% (3/10) e de 70% (7/10) em cães livres de qualquer terapia (G2). As terapias antimicrobianas utilizadas no G1 foram: ampicilina (1/10), metronidazol (4/10), enrofloxacina (5/10), cefalexina (2/10), amoxicilina com clavulanato (2/10) e doxiciclina (1/10). As terapias antimicrobianas reduziram consideravelmente a ocorrência de helicobacteriose na população estudada. O uso de alguns antimicrobianos diferentes daqueles preconizados pela literatura pode ter indicação no tratamento de helicobacteriose gástrica em cães. O tratamento da helicobacteriose gástrica com protocolos que não fazem uso da associação tríplice de fármacos pode ser eficiente em cães. Conclusão: A frequência de ocorrência de helicobacteriose gástrica em cães que fazem uso de antimicrobianos diferentes da terapia tríplice é de 30%, mostrando que estes podem ter efeito terapêutico também nas helicobacterioses gástricas de cães.
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