Comparação entre as técnicas laboratoriais: IGDA, ELISA, PCR e histopatologia no diagnóstico de LTI em um surto de aves poedeiras

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M. R. Buim
R. L. Luciano
C. Del Fava
A. A. Ikuno
A. J. P. Ferreira
M. Yshizuka
M. Garcia
F. G. Buchala
N. M. Soares

Resumo

O vírus da laringotraqueíte é um patógeno de galinhas, classificado como herpesvírus. O diagnóstico clínico é sugestivo e se complementa com a confirmação laboratorial da enfermidade. As medidas preventivas e profiláticas são importantes para que se evite a rápida disseminação da infecção, que tem características multifatoriais. Neste trabalho foram relatados os resultados obtidos pela investigação epidemiológica de um surto de LTI no município de Guatapará, Estado de São Paulo, Brasil, executada pela equipe do Programa Oficial de Controle e Erradicação de LTI no Estado de São Paulo. Essa equipe de caráter multidisciplinar desenvolve um projeto de capacitação técnica, financiado pelo Mapa. O projeto consiste no estabelecimento de intercâmbio técnico e científico entre os profissionais da Superintendência Federal de Agricultura do Estado de São Paulo/Mapa, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (do Instituto Biológico e da Coordenadoria de Defesa Agropecuária) e os professores do Centro de Referência Internacional de Pesquisa e Diagnóstico das Doenças Aviárias da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade da Geórgia (PDRC-UGA). Tem o sentido de desenvolver os procedimentos e capacitar os profissionais e pesquisadores envolvidos nas práticas laboratoriais, monitoramento sanitário e interpretação dos resultados referentes ao diagnóstico da Laringotraqueíte Infecciosa das Aves. Um total de 19 lotes suspeitos foi amostrado e o diagnóstico laboratorial foi realizado e comparado entre técnicas sorológicas (ELISA e IDGA), histopatologia e dignóstico molecular (PCR). O diagnóstico clínico também foi realizado nos lotes de poedeiras avaliados, evidenciado pelos sinais respiratórios e aumento de mortalidade das aves. Dentre as provas de detecção de anticorpos, o ELISA foi a mais sensível, detectando positividade em 100% dos lotes, enquanto a IGDA não detectou qualquer lote positivo (0,0%) revelando baixíssima sensibilidade analítica do teste. A PCR utilizando o gene ICP4 (688bp) detectou DNA viral em 63,2% do raspado traqueal. As lesões inflamatórias observadas no histopatológico (tecido emblocado em parafina e coloração hematoxilina/ eosina) da mucosa laringotraqueal, caracterizadas por infiltrado inflamatório linfoplasmocítico, associado à presença de sincício e inclusão intranuclear eosinofílica, foram observadas em 57,9% das amostras. Apesar da positividade simultânea (42%) ao ELISA, PCR e histopatologia, observou-se complementaridade entre as três técnicas. A presença de lesões teciduais sugestivas do LTI demonstrou a presença de infecção ativa em cerca de metade dos lotes examinados. Destaca-se que a IGDA não foi um teste eficiente na detecção da LTI nesse surto, podendo estar relacionada à baixa sensibilidade analítica, à variabilidade antigênica das cepas de campo ou a alguma outra causa não elucidada. 

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Como Citar
BUIM, M. R.; LUCIANO, R. L.; DEL FAVA, C.; IKUNO, A. A.; FERREIRA, A. J. P.; YSHIZUKA, M.; GARCIA, M.; BUCHALA, F. G.; SOARES, N. M. Comparação entre as técnicas laboratoriais: IGDA, ELISA, PCR e histopatologia no diagnóstico de LTI em um surto de aves poedeiras. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 9, n. 3, p. 77-77, 11.
Seção
RESUMOS ENDESA