Estudo de viabilidade da plasmaférese automatizada em canino: relato de procedimento

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Wellington Monteiro da Anunciação Filho
Carla Ferreira Loureiro Lima
Pâmella Polyane Monteiro
Pierre Barnabé Escodro
Eduardo Gasparoto Roveri
Karina Pessoa de Oliveira

Resumo

As plasmaféreses são raramente realizadas em cães com o propósito restrito de produção de vacinas e plasmas hiperimunes. O procedimento ainda é utilizado de forma manual, sendo que o procedimento automatizado ainda não foi descrito para a espécie, porém demonstrado com sucesso em equinos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade da realização de plasmaférese automatizada na espécie canina com equipamento Fresenius modelo AS104, acoplando-se o KIT PL1, simulando a substituição total do plasma circulante, considerando a necessidade de uma plasmaférese terapêutica, avaliando intercorrências trans-procedimento, tempo de coleta, volume de plasma obtido e volume de sangue processado. Foi selecionada uma cadela da raça Pastor alemão, três anos, pesando 26kg. Para realização do procedimento foram utilizados dois acessos venosos no animal: veia jugular esquerda, denominada de via de coleta e veia safena esquerda representando a via de reinfusão, após prévia tranquilização intravenosa com diazepan (0,2mg/kg) e quetamina (10 mg/kg). A separação do plasma ocorreu por via automatizada com o aparelho descrito, coletando o plasma por centrifugação a 671 g e reinfundindo os hemocomponentes. O animal foi monitorado durante o procedimento, sendo controlada a diurese, mensuração da pressão arterial, tempo de preenchimento capilar, frequência cardíaca e respiratória. Foi preconizada a retirada do plasma circulante total, considerando-se o volume sanguíneo total de 8% do peso vivo e Ht de 36% (mensuração pré-aférese), o que proporcionou a coleta de até 1331,20ml. O volume total de plasma coletado foi de 1250ml, tendo sido processado um volume de 2139ml de sangue total, em um tempo de 42 minutos. Concomitante à retirada do plasma, foram infundidos na paciente 500ml de solução Ringer Lactato, 250ml de soro fisiológico e 500ml de expansor plasmático (Oxiplogelatina a 5,5%). A paciente não apresentou manifestação anafilática, tal como prurido, pápulas, inchaço nos olhos, blefaroespasmo, lacrimejamento, tremores ou estertores nas vias aéreas. A plasmaférese automatizada em cães é possível e viável com o equipamento Fresenius modelo AS104. São necessárias novas pesquisas para a padronização da técnica e indicações de plasmaféreses terapêuticas.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
Anunciação FilhoW. M. da; LimaC. F. L.; MonteiroP. P.; EscodroP. B.; RoveriE. G.; OliveiraK. P. de. Estudo de viabilidade da plasmaférese automatizada em canino: relato de procedimento. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 3, p. 64-64, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET