Colite linfocítico-plasmocítica: descrição de um caso na espécie canina

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Geyanna Dolores Lopes Nunes
Giovanna Carla de Oliveira Campos
Genilson Fernandes de Queiroz
Kilder Dantas Filgueira

Resumo

São apresentados os dados clínicos, laboratoriais e terapêuticos de um caso de colite linfocítico-plasmocítica canina. Um canino, macho, sem raça definida, com um ano e oito meses, apresentava diarreia crônica acima de um mês. Ocorria aumento na frequência de defecação, disquezia, hematoquezia, parorexia e perda de peso. O animal era alimentado com comida caseira e os protocolos de vacinação e vermifugação estavam atualizados. O paciente foi submetido ao exame físico. Solicitou-se ultrassonografia abdominal, sendo recomendada celiotomia exploratória. O material resultante foi enviado para histopatologia. Prescreveu-se terapia com prednisolona (0,5mg/kg, a cada 12 horas, por duas semanas, com redução gradativa até a obtenção de dose mínima, administrada em dias alternados), psílio (10 gramas/animal, a cada 12 horas, em associação ao alimento) e ração hipoalergênica. Clinicamente, o cão possuía normalidade dos parâmetros vitais. Contudo, exibia estado nutricional magro. Na palpação abdominal verificou-se, nos campos mesogástrico e hipogástrico, estrutura tubular firme. A imaginologia evidenciou elevada densidade da parede do cólon, com perda da aparência usual das túnicas. Estabeleceu- se a suspeita clínica de neoformação ou doença intestinal inflamatória. No procedimento cirúrgico foi constatado espessamento difuso dos segmentos do colón e hipertrofia dos linfonodos mesentéricos. Realizou-se biópsia incisional do colón e dos linfonodos afetados. O intestino delgado, em toda sua extensão, não apresentou modificações macroscópicas. A histopatologia do cólon indicou quadro morfológico de colite linfocítico-plasmocítica. Os fragmentos dos linfonodos avaliados revelaram-se hiperplásicos e reativos. Desde o início da terapia para a enfermidade intestinal (glicocorticoide, suplementação com fibra e dieta terapêutica), houve favorável controle da sintomatologia. O cão encontra-se em tratamento há seis meses, sendo submetido a acompanhamento clínico e laboratorial a cada bimestre. A colite linfocítico-plasmocítica é caracterizada por uma resposta inflamatória exacerbada do intestino perante uma estimulação antigênica. Corroborando com o caso em questão, o diagnóstico é baseado em critérios histológicos da mucosa intestinal e em geral o tratamento inclui manejo alimentar e fármacos imunossupressores. Em caninos com sinais crônicos relacionados ao intestino grosso, deve-se considerar a possibilidade de colite linfocítico-plasmocítica.

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Como Citar
NunesG. D. L.; CamposG. C. de O.; de QueirozG. F.; FilgueiraK. D. Colite linfocítico-plasmocítica: descrição de um caso na espécie canina. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 3, p. 96-96, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET