Carcinoma de células escamosas sinonasal em canino

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Felipe Baldo Lima
Ariane Pontes Oriá
Carlos Humberto da Costa Vieira Filho
Danielle Nascimento Silva
Rosilane da Silva Santos
Tiago da Cunha Peixoto

Resumo

Relata-se um caso de carcinoma de células escamosas (CCE) sinonasal em cão. Em agosto de 2012, uma cadela, da raça Husky Siberiano, com cinco anos, foi atendida no HOSPMEV-UFBA com histórico de aumento de volume facial há seis meses. Clinicamente foi constatado marcado abaulamento assimétrico nasal, medindo 11,8x11,0x9,5cm, em geral, com consistência cística, além de espirros, epistaxe, dispneia, hiporexia, epífora e linfadenomegalia (submandibulares e poplíteo). Instituiu-se terapia analgésica e antimicrobiana. Staphyloccocus aureus foi isolado do exsudato nasal. A citologia aspirativa por agulha fina revelou processo inflamatório piogranulomatoso. O exame radiográfico da maxila foi compatível com neoplasia óssea. Devido ao agravamento do quadro clínico e prognóstico desfavorável, o proprietário optou pela eutanásia. À necropsia, verificaram-se grandes massas nos seios nasais direito (5,0x4,0x2,5cm) e esquerdo (3,5x2,5x2,0cm), de superfície irregular, aspecto multinodular, com áreas branco-amareladas e avermelhadas. A secção sagital do crânio evidenciou neoplasia localmente invasiva formada por nódulos contíguos e coalescentes preenchendo a cavidade e seios nasais, se estendendo até a nasofaringe, com invasão do palato duro, ossos nasais, etmoturbinados e placa cribiforme. Havia grande quantidade de secreção mucosa avermelhada nos seios nasais e exsudato purulento no seio frontal. Ao corte, a massa exibia consistência firme, coloração branco-amarelada e superfície compacta levemente irregular; era intensamente infiltrativa, substituía as estruturas anatômicas locais e apresentava áreas de marcada destruição óssea. Microscopicamente, foi constatado proliferação de células epiteliais atípicas com volumoso citoplasma eosinofílico, núcleos arredondados a ovoides, levemente cromáticos, vesiculares e nucléolos evidentes, diversas células neoplásicas exibiam marcada diferenciação escamosas e há intensa reação desmoplásica. O diagnóstico de CCE foi estabelecido com base no histórico, nos achados radiográficos e clínico-patológicos. Estima-se que a incidência de neoplasias em cavidade nasal no cão seja de 1% de todos os cânceres. Aproximadamente 80% dos neoplasmas intranasais são malignos, dentre estes, o adenocarcinoma é o mais frequente (31%), seguido pelo CCE (28%) e condrossarcoma (12%).

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Como Citar
LIMA, F. B.; ORIÁ, A. P.; VIEIRA FILHO, C. H. DA C.; SILVA, D. N.; SANTOS, R. DA S.; PEIXOTO, T. DA C. Carcinoma de células escamosas sinonasal em canino. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 11, n. 3, p. 92-93, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET