Aplasia pancitopênica em cães: relato de oito casos
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Resumo
São relatados oito casos de aplasia pancitopênica em cães e suas possíveis causas. Após avaliação clínica, que incluiu exame físico e anamnese, e verificação de pancitopenia ao hemograma, oito cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (HOVET-UFMT), foram submetidos ao mielograma. A severidade da pancitopenia foi classificada de acordo com WEISS et al. (1999). As amostras de medula óssea foram coletadas do esterno ou crista ilíaca, a partir de punção com agulha 40x12mm e seringa de 20ml, ambas descartáveis, após anestesia dissociativa. Com a fração aspirada foi realizado esfregaço, que foi submetido à coloração de Romanowsky, e uma alíquota de 0,5ml foi acondicionada em EDTA para posterior realização de Reação em Cadeira de Polimerase (PCR) para detecção de Ehrlichia canis e Leishmania (Leishmania) infantum chagasi. O critério para o diagnóstico de pancitopenia aplásica foi de pancitopenia ao hemograma e mielograma apresentando espículas ósseas com mais de 75% de tecido hematopoiético substituído por adipócitos. A média de idade dos cães acometidos foi de 3,2 anos, variando de 5 meses a 11 anos de idade. Todos os animais apresentavam anemia e trombocitopenia severas. Em relação à neutropenia, sete animais apresentaram a forma severa, e todos estes vieram a óbito durante a intervenção terapêutica. O único cão que apresentou neutropenia moderada permanece vivo e em tratamento de suporte, apresentando melhora clínica e hematológica gradativas. Apenas um dos cães foi positivo na PCR para L. chagasi e em nenhum a PCR foi positiva para E. canis. A exposição a drogas mielossupressoras foi descrita em apenas um cão que havia sido submetido a injeções contraceptivas por um curto período de tempo. Coinfecção por Staphylococcus sp e agente fúngico foi detectada em um dos cães por meio de hemocultura e PCR utilizando-se o gene 18S fúngico em amostra de sangue. À necropsia foram visualizadas hifas e leveduras em alguns órgãos, sugerindo septicemia e infecção fúngica generalizada, no entanto, o fungo envolvido ainda não foi identificado. A neutropenia severa mostrou-se como indicador de mau prognóstico na evolução dos quadros, sendo possível inferir a possível causa de aplasia pancitopênica em apenas três cães.
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