Amputação de membro posterior de um gato maracajá (leop ardus wiedii; schinz, 1821): relato de caso
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Resumo
O gato maracajá (Leopardus wiedii) pertence à ordem carnívora, família Felidae. Sua distribuição ocorre em todo o Brasil, com exceção da caatinga, até a parte norte do Rio Grande do Sul. Entre os felinos brasileiros, esta espécie é a que apresenta hábito arborícola bastante acentuado, o que a torna especialista em caçar aves e pequenos roedores arbóreos. A necessidade de intervenções ortopédicas como a amputação em espécies com essas características pode levantar preocupações relativas ao pós-cirúrgico, no que tange ao processo de adaptação. O presente trabalho relata um caso de amputação em membro posterior de um gato maracajá (Leopardus wiedii), vítima de ataque em recinto. Um filhote de gato maracajá foi encontrado com ferida lacerante e fratura exposta em membro pélvico esquerdo no recinto. O protocolo terapêutico utilizado foi enrofloxacina (5 mg/kg, BID, intramuscular), cetoprofeno (2 mg/kg, SID) e fluidoterapia com sorofisiológico, além de ranitidina (2 mg/kg, BID, oral). O animal foi encaminhado ao centro cirúrgico para a amputação, com a técnica descrita para animais domésticos. No primeiro momento, realizou-se a exérese de tecido muscular e ósseo, preservando a região da cabeça do fêmur. O protocolo anestésico utilizado foi cetamina (22 mg/kg, subcutâneo) associado à xilazina (2,2 mg/kg, subcutâneo) e ao bloqueio peridural com lidocaína 2% (7 mg/kg, subcutâneo). O pós-cirúrgico foi feito com metronidazol (25 mg/kg, BID, via oral), enrofloxacina (5 mg/kg BID, subcutânea) e cetoprofeno (2 mg/kg, SID). Com o surgimento de uma necrose séptica na ferida cirúrgica, foi necessário iniciar ceftriaxona (25 mg/ kg, BID, SC). Ainda sem sucesso na regressão da infecção, optou-se por utilizar ceftiofur (2,2 mg/kg BID, SC) com o metronidazol (25 mg/kg BID, oral). No segundo momento, o animal foi submetido à cirurgia para retirada da cabeça do fêmur. O protocolo pós-cirúrgico foi mantido. O animal foi alimentado com ração comercial terapêutica e a cicatrização se deu por primeira intenção. O animal recuperou-se e adaptou-se à condição da amputação, sendo levado para uma organização protetora de felinos silvestres.
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