Comparação da eficiência de duas técnicas de coloração na detecção de cryptosporidi um em amostras fecais de duas espécies de jararacas mantidas em cativeiro
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Resumo
Foi comparada a eficiência de duas técnicas de coloração, Ziehl-Neelsen modificado e Safranina modificada, para Cryptosporidium sp. em amostras fecais de duas espécies de Jararacas criadas em cativeiro. Cryptosporidium é um protozoário de carácter cosmopolita, oportunista, que acomete varias espécies, classificado dentro do filo Apicomplexa, e suas espécies parasitam as microvilosidades das células epiteliais do trato gastrointestinal. A localização desse protozoário caracteriza-se por ser intracelular, porém extracitoplasmático. Diferentemente de outros organismos, nos quais as infecções por Cryptosporidium são autolimitantes em indivíduos imunocompetentes, a criptosporidiose em répteis é frequentemente crônica e pode ser letal para serpentes. A sintomatologia causada por esse protozoário em serpentes relaciona-se com a gastrite crônica, anorexia, regurgitação pósprandial, letargia, edema na região mediana do corpo e perda de peso. Foram coletadas 26 amostras de fezes de serpentes, distribuídas entre duas espécies de Jararacas, seis Bothrops moojeni e vinte Bothrops atrox, todos adultos e mantidos em cativeiro. Cerca de 0,5 a 1g de fezes por animal foi diluída em 10ml de água deionizada, colocada em tubo plástico com capacidade de 15ml. O material foi centrifugado a 750xg por dez minutos; em seguida, o sobrenadante foi descartado e o sedimento foi retirado com o auxílio de uma espátula de madeira, e confeccionados dois esfregaços finos de fezes para cada animal. Após a fixação com metanol, as lâminas foram submetidas às técnicas de Ziehl-Neelsen modificada e Safranina modificada. Para a leitura da lâmina, foi utilizado óleo de imersão e objetiva no aumento de 100x. Das 26 amostras examinadas, cinco (19,2%) foram positivas na técnica da Safranina modificada e 21 foram negativas. Na técnica de Ziehl-Neelsen modificada, três (11,5%) foram positivas e 23 foram negativas. Não houve diferença estatisticamente significativa (p>0,001) entre as duas técnicas, sendo que a Safranina modificada apresentou maior número de amostras positivas. Concluiu-se que a infecção pelo Cryptosporidium sp. está presente nesse serpentário, e que a técnica da Safranina modificada foi mais eficiente no diagnóstico de oocistos de Cryptosporidium sp. nas amostras fecais.
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