Avaliação do resíduo úmido de cervejaria na alimentação de cabras em final de lactação
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Resumo
Foi avaliado o consumo, a produção de leite e ingestão de matéria seca (MS) e proteína bruta (PB) em cabras alimentadas com diferentes níveis de resíduo úmido de cervejaria (RUC) em substituição ao concentrado da dieta. O experimento foi conduzido na Fazenda Realeza, no município de Estância, há 55 Km de Aracaju - SE no período de agosto a outubro de 2011, com duração de 62 dias. Foram utilizadas quatro cabras da raça Anglo Nubianacom peso médio de 50 Kg, em fase final de lactação, multíparas, não gestantes, com média de produção de 2,0 Kg/leite/dia. Os animais foram distribuídos em delineamento quadrado latino (4x4). Cada período experimental teve duração de treze dias, sendo oito dias para adaptação a dieta e cinco dias para coleta de dados e amostras, onde foram avaliados o consumo, a produção de leite e o comportamento ingestivo. Os tratamentos consistiram de quatro níveis de substituição de concentrado pelo RUC (0, 15, 20 e 25%) na matéria seca (MS). A dieta ofertada apresentou uma relação volumoso e concentrado de 45:55. A fonte de volumoso fornecida foi feno de tifton (Cynodon spp.) e o concentrado foi milho triturado, farelo de soja e RUC. As dietas isoprotéicas foram formuladas e balanceadas para atender às exigências de mantença e lactação, de acordo com o NRC (1981). Os animais foram alojados em baias individuais, alimentados duas vezes ao dia. Na avaliação do comportamento alimentar foram medidos os tempos despendidos com alimentação (TA), tempo de ruminação (TR), tempo de integração (TI) e tempo de ociosidade (TO) que foram avaliados por metodologia de observações dos animais a cada 20 minutos até completarem 24 horas. O consumo de MS (kg/dia) apresentou crescimento linear (1,45; 1,72; 1,88; 1,94) entre os níveis de RUC nas dietas com diferenças significativas. Houve uma diminuição na ingestão de água, devido ao resíduo possuir um alto teor de umidade. A produção de leite não foi alterada com a inclusão do RUC, (média de 1,32kg/dia) constituindo-se, portanto, como uma alternativa na alimentação animal. Não houve diferenças significativas entre o TA, TR e TI. A inclusão do RUC em substituição à fonte de proteína nas dietas não alterou a produção de leite e o comportamento ingestivo, sendo recomendado a utilização de 20% de RUC na dieta por atender as exigências de consumo de MS, PB, e nutrientes digestíveis totais (NDT), além de contribuir na redução do consumo de água pelos animais.
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