Avaliação epidemiológica de agentes infecciosos da esfera reprodutiva em ovinos no semiárido brasileiro
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Resumo
Foram identificados rebanhos ovinos com histórico de problemas reprodutivos (abortamento e mortalidade perinatal) associados à presença de Chamydophila abortus, Brucella ovis e Leptospira spp. na região semiárida do Nordeste do Brasil. Foram colhidas amostras de sangue de 476 animais procedentes de 72 rebanhos em 14 municípios da mesorregião do Sertão, Estado da Paraíba. Para o diagnóstico sorológico das infecções por C. abortus, B. ovis e Leptospira spp. foram utilizados os testes de fixação de complemento, imunodifusão em gel de ágar (IDGA) e soroaglutinação microscópica (SAM), respectivamente. A prevalência de focos (propriedades com pelo menos um animal soropositivo) de C. abortus foi de 52,8%, seguido de B. ovis (33,3%) e Leptospira spp. (27,7%); com relação à soropositividade em animais, também houve maior frequência para C. abortus (19,7%), seguido de B. ovis (12,1%) e Leptospira spp. (7,60%) (p < 0,05). As propriedades com histórico de abortamento (31,9%; 23/72) e mortalidade perinatal (54,2%; 39/72) apresentaram pelo menos um ovino soropositivo para um dos agentes infeciosos. Para abortamentos, a prevalência de focos de C. abortus foi 60,8%, seguido de B. ovis (43,4%) e Leptospira spp. (30,4%). Para mortalidade perinatal, a prevalência de focos foi de 64,1% para C. abortus, 38,4% para B. ovis e 33,3% para Leptospira spp. Sugere-se que esses agentes possam ser causa importante de problemas reprodutivos na região semiárida, e recomenda-se que esforços sejam concentrados nas atividades de educação sanitária junto aos produtores rurais no tocante à condução de medidas de prevenção e controle dessas infecções, bem como no diagnóstico direto nos casos de abortamento e mortalidade perinatal.
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