Avaliação hematológica e parasitária em equinos de tração do município de Pinhais - PR
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Resumo
Os cavalos que compõem a fauna urbana são atualmente utilizados como animais de tração de carroças de coletores de materiais recicláveis que circulam por centros urbanos. Os locais onde se encontram os animais e seu estado imunológico possivelmente favorecem a ocorrência de diversas enfermidades. O Projeto de Extensão ‘Carroceiro’, da Universidade Federal do Paraná, realizou o chamado “Dia do Carroceiro” no mês de março de 2013 com 43 cavalos de tração no município de Pinhais – PR. Foi efetuada a colheita de sangue dos animais para a avaliação dos parâmetros como volume globular, fibrinogênio e proteína plasmática total, e a coleta de fezes para exame parasitológico. Visto que grande parte dos animais era submetida a uma grande jornada de trabalho, nem sempre com água disponível e alimentação adequada, além de um ambiente precário de trabalho e moradia essa avaliação clínica que inclui esses exames complementares visou a avaliação da condição geral de saúde dos cavalos. Concomitantemente foi investigada a existência de uma correlação entre alta carga parasitária e alteração no volume globular utilizando Teste Exato de Fisher. Dos 42 animais (em um deles não foi possível a coleta de sangue), 61,9% estavam anêmicos (26/42), considerando-se o parâmetro de normalidade de 32 a 52% para equinos. A proteína plasmática total estava aumentada em cinco de 42 cavalos avaliados (11,9%), considerando-se o valor de referência de PPT>8,0 g/dL. O fibrinogênio apresentou valores aumentados em 28,57% dos animais (12/42), considerando-se o nível de normalidade de 200 a 400 mg/dL, o que pode indicar a presença de algum processo inflamatório. Dos 43 cavalos presentes na atividade, 40 tiveram suas fezes coletadas e o método utilizado na realização do exame coproparasitológico foi o método Mc Master, destinado à identificação e contagem de ovos de helmintos por grama de fezes (OPG). Das 40 amostras examinadas, em 92,5% (37/40) foram encontrados ovos da Superfamília Strongyloidea, sendo que destas 70,27% (26/37) apresentaram OPG superior a 300. Os resultados sugerem uma deficiência de manejo desses animais o que pode comprometer sua capacidade de trabalhar e trazer patologias diversas. Embora muitas vezes as parasitoses acarretem uma anemia, não houve relação entre volume globular diminuído e alto OPG (p= 0,18) nos animais trabalhados.
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