Casos de Habronemose equina na região do Baixo Jaguaribe - CE

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Gabriela Hemylin Ferreira Moura
Ivana Cristina Nunes Gadelha

Resumo

Estudou-se a ocorrência de Habronemose cutânea em equinos atendidos na região do Baixo Jaguaribe, tendo em vista a inexistência de relatos nesta região, assim como demonstrar a eficácia do tratamento. A habronemose cutânea é causada por larvas de Habronema spp. e Draschia sp.,sendo carreadas principalmente pelos Musca doméstica e Stomoxys calcitrans que são hospedeiros intermediários. É popularmente conhecida como “ferida de verão” ou “esponja”. Caracteriza-se por dermatite granulosa, ulcerativa, com múltiplos focos de necrose por coagulação acometendo principalmente equídeos, incluindo cavalos, burros, jumentos e zebras, sendo também descrito em dromedário e cão. Foi realizado um levantamento epidemiológico dos animais atendidos com esta enfermidade num período de um ano (julho de 2012 a julho de 2013). Portanto, neste período estudado, foram atendidos 24 equinos acometidos pela habronemose. Os animais apresentaram lesões cutâneas nos lábios (4), nos olhos (8), membros (9) e abdômen (3). O principal sinal clínico foi a perda de apetite, e consequente, perda de peso. O tratamento preconizado foi a cauterização da lesão, quando possível; administração tópica de associação comercial de Triclorfon, Coumafós e Ciflutrina (Neguvon + Assuntol Plus®) até desaparecimento do quadro, e por via oral na dose de 25 – 40 mg/Kg, três vezes a cada sete dias e Ivermectina 1,55% (0,2mg/Kg) por via oral por três dia consecutivos. O tratamento tem por finalidade, reduzir o tamanho das lesões, diminuir a inflamação e evitar a reinfestação. Além disto, devem-se manter as instalações limpas, eliminar vetores, proteger baias com telas e evitar escoriações cutâneas. Dos animais tratados, apenas em três houve recidiva após seis meses, aproximadamente, e 1 animal veio a óbito ocasionado por outra enfermidade. Contudo, pode-se observar que nesta região existem muitos casos da doença em destaque, assim como o tratamento tem mostrado bons resultados, haja vista que 83,3% dos animais tratados com o protocolo acima foram curados.

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Como Citar
MOURA, G. H. F.; GADELHA, I. C. N. Casos de Habronemose equina na região do Baixo Jaguaribe - CE. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 1, p. 74-74, 24 out. 2014.
Seção
RESUMOS CONBRAVET