Corpo estranho em árvore traqueobrônquica em equina - relato de caso

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Frederico Fernades Araújo
Monalisa Lukascek Castro
Ivan Deconto
Peterson Triches Dornbusch
Ivan Roque de Barros Filho
Mariane Angélica Pommerening Finger

Resumo

A aspiração de corpos estranhos é comumente citada na literatura em crianças, contudo há poucos relatos em animais como equinos, ruminantes, cães e gatos. Os equinos e ruminantes são animais que vivem em pastejo, sendo mais propícios à aspiração de corpos estranhos. Em geral os sinais clínicos se assemelham entre as espécies, sendo a tosse e a insuficiência respiratória os principais. Inicialmente a tosse é de caráter não produtivo e conforme a sua cronicidade, passa a se tornar produtiva e fétida. Foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná (HV-UFPR), um cavalo da raça crioula, com sete anos de idade e histórico de tosse crônica há cerca de um ano. Segundo relato do proprietário foi realizado tratamento com penicilina logo ao início dos sinais clínicos, com sutil melhora no quadro. Cerca de quatro meses depois, o animal começou a apresentar corrimento nasal pela narina direita, sendo realizada nova antibioticoterapia com penicilina, porém sem redução da secreção nasal. Um novo tratamento foi realizado pelo proprietário, associando-se a bromexina a terapia antibiótica, o qual foi eficiente apenas para cessar o corrimento, mas não a tosse. Durante o atendimento realizado no HV-UFPR, foi observada presença de secreção nasal fétida pela narina direita, e pela auscultação do pulmão e traqueia foi possível detectar crepitação grossa, sugestiva de alteração bronquial. O animal foi submetido à endoscopia, onde foi encontrado um galho de pinheiro (grimpa) alojado no brônquio do pulmão direito. Com o auxílio do endoscópio, iniciou-se a remoção de parte do material, entretanto, como houve intensa lesão local, decidiu-se retirar o restante do material em outro dia. No intervalo entre os procedimentos, o paciente recebeu como medicação antibioticoterapia, com penicilina e gentamicina e dexametasona para reduzir a severa inflamação e edema da mucosa traqueobrônquica pós remoção do corpo estranho. Após sete dias foi realizado um novo procedimento endoscópico para remoção do restante do corpo estranho, o qual possuía aproximadamente 15 cm de comprimento. Após a total remoção, o animal recebeu alta hospitalar, receitando-se a continuação da terapia com antibiótico e observação. A broncoendoscopia é um exame utilizado em grandes animais para o auxílio diagnóstico de doenças pulmonares e para remoção dos corpos estranhos, procedimento que foi fundamental para a resolução do caso em questão A terapia medicamentosa é importante para diminuir os danos causados pelo corpo estranho ao trato respiratório, como observado neste paciente, o qual apresentou excelente recuperação após as condutas terapêuticas adotadas.

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Como Citar
ARAÚJO, F. F.; CASTRO, M. L.; DECONTO, I.; DORNBUSCH, P. T.; BARROS FILHO, I. R. DE; FINGER, M. A. P. Corpo estranho em árvore traqueobrônquica em equina - relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 1, p. 76-76, 11.
Seção
RESUMOS CONBRAVET