Avaliação de kits comerciais de elisa para o diagnóstico de clostridium difficile em potros
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Resumo
Foram comparados os desempenhos de três testes ELISA comerciais e da cultura toxigênica (TC - isolamento seguido de PCR) frente à citotoxicidade celular (CTA) para o diagnóstico da infecção por Clostridium difficile em potros. As amostras de fezes de potros foram coletadas em 15 haras (98 amostras, das quais 53 de animais diarreicos e 45 de não diarreicos) e no Hospital Veterinário da UFMG (15 amostras de potros diarreicos). Os ensaios de CTA para a detecção das toxinas A/B de C. difficile foram realizados com células Vero e, para o isolamento, as amostras de fezes foram submetidas a choque com álcool absoluto seguido de plaqueamento em agar cicloserinacefoxitina- frutose suplementada com sangue equino e taurocolate. Após a incubação em ambiente de anaerobiose, a 37 °C por 72 horas, as colônias com morfologia sugestiva e coloração de Gram característica foram submetidas a PCR para confirmação da identidade e detecção dos genes das toxinas A, B e binária. Três ELISAs comerciais para detecção das toxinas A/B foram avaliados:C. difficile Tox A/B II (Techlab Inc., EUA), Remel Prospect C. difficile Toxins A/B (Oxoid, União Britânica) e Clostridium difficile Ridascreen (R-Biopharm, Alemanha). As reações foram realizadas de acordo com as recomendações dos fabricantes. A sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN) foram calculados para cada ELISA e para a TC, com seus respectivos intervalos de confiança a 95% de probabilidade (STATA, College Station, Texas, EUA), considerando o CTA como “padrão-ouro”. As toxinas A/B foram detectadas em nove amostras de potros (8%), todos de animais com diarreia. Os ELISAs testados detectaram os oito animais positivos (100% de sensibilidade), enquanto a especificidade dos testes ficou acima de 95%. Já a TC apresentou sensibilidade de 55% e espeficidade de 99%. Dessa forma, sugere-se que a TC possui desempenho inadequado para diagnóstico de ICD em potros. Além disso, considerando que a ICD em potros é comumente uma emergência clínica, a TC não foi um bom instrumento diagnóstico, pois, mesmo com um protocolo simples, demanda pelo menos três dias para a obtenção do resultado. Por outro lado, os kits de ELISA testados apresentaram alta sensibilidade e especificidade, mostrando-se como uma boa opção para o diagnóstico das infecções por C. difficile em equinos
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