Genotipagem e sensibilidade antimicrobiana de estirpes de clostridium perfingens de aves silvestres das famílias cracidae, ramphastidae e tinamidae no Brasil
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Resumo
O objetivo do presente trabalho foi isolar, genotipificar e avaliar a suscetibilidade antimicrobiana de estirpes de C. perfringens de aves silvestres das famílias Cracidae (mutuns), Ramphastidae (tucanos) e Tinamidae (perdizes). Foram utilizadas 320 amostras de animais alocados em 13 diferentes cativeiros de Minas Gerais, sendo 131 amostras de mutuns, 128 de tucanos e 61 de perdizes. As amostras consistiam de suabes cloacais (n=260) e fezes (n=60). Para isolamento, realizou-se plaqueamento em agar sulfitopolimixina- sulfadiazina (SPS) e incubação a 37ºC por 24 horas em ambiente de anaerobiose. Para genotipagem, realizou-se PCR para identificação dos genes codificadores das toxinas principais (alfa, beta, épsilon e iota) e para detecção de genes relativos à enterotoxina (cpe), toxina beta-2 (cpb2) e toxina NetB (netB). O perfil de suscetibilidade antimicrobiana foi realizado pelo método de diluição seriada em agar, onde testou-se eritromicina, lincomicina, metronidazol, oxitetraciclina, penicilina e vancomicina. Para associação de variáveis utilizou-se Teste de Fisher, com significância para valores de p<0,05. C. perfringens foi isolado de 18 (5,6%) das 320 amostras, indicando que tal microrganismo não é um habitante comum da microbiota. Não houve diferença estatística em relação à taxa de isolamento de suabes cloacais (13/260; 5,0%) e fezes (5/60; 8,3%).
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