O bem-estar animal associado a pesquisas cientificas
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Resumo
A utilização de animais em pesquisas científicas e na docência tem sido uma prática constante que permeia a própria história da ciência desde os tempos pré-históricos até os dias de hoje, representando uma das questões mais conflitantes no debate bioético entre pesquisadores e grupos de proteção dos animais. Utilizam-se animais de várias espécies, sendo os camundongos os mais utilizados em experiências cientificas, desenvolvimento de técnicas cirúrgicas, estudos nas áreas de fisiologia, bioquímica e comportamento animal e testes afins para comprovar o uso de medicamentos e vacinas. Sem modelos animais, provavelmente não conheceríamos parâmetros zootécnicos importantes e específicos de cada espécie, como o consumo alimentar, a digestibilidade e metabolizabilidade de alimentos e seus nutrientes, o ganho de peso, a composição de carcaças e outros aspectos de interesse zootécnico, e vidas não seriam salvas ou melhoradas por avanços propiciados por essas pesquisas. A avaliação dos projetos de pesquisa com animais deve ter o mesmo rigor que a pesquisa realizada com seres humanos, sendo que os animais utilizados nesses projetos científicos devem receber toda atenção e cuidado. Esse é um assunto muito polêmico, que será alvo de vários questionamentos e discussões, tanto por parte dos protetores dos animais quanto por parte de pesquisadores e cientistas. Foram revisadas as questões que envolvem a ética e o bem-estar animal em pesquisas zootécnicas, as perspectivas da sociedade protetora dos direitos dos animais e dos pesquisadores quanto à lei n° 11.794 de 08 de outubro de 2008, que disciplina a criação e utilização de animais em atividades de ensino e pesquisa científica em todo o território nacional desde que sejam tratados com ética e dignidade, e as consequências dessa lei no uso de animais em experimentação científica, bem como estimular a reflexão e discussão a respeito da ética e bem-estar dos animais ao longo dos experimentos zootécnicos.
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