Endrigo Adonis Braga de Araujo
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu, SP
Luis Fernando Mercês Chaves Silva
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu, SP
Sidnei Nunes de Oliveira
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu, SP
Felipe Morales Dalanezi
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu, SP
Fabiana Ferreira de Souza
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, Botucatu, SP
Fabíola Soares Zahn
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, Botucatu, SP
Resumo
Estenose vestíbulo-vaginal congênita é definida como um estrangulamento anelar na junção de mesmo nome, podendo estar associada ou não à presença de septo no canal vaginal, que se forma durante o desenvolvimento embrionário. Em alguns casos pode resultar em infecções recorrentes do trato urinário, vaginite crônica, incontinência urinária, dermatite vulvar, noctúria e micção inadequada. O presente relato trata do caso de uma cadela da raça Labrador, com 8 meses de idade, pesando 32 Kg, atendida no Ambulatório de Reprodução de Pequenos Animais do Hospital Veterinário da Universidade Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Unesp – Botucatu – SP. O animal foi encaminhado após atendimento no Ambulatório de Clínica Médica do mesmo Hospital com histórico de cistite bacteriana recorrente. O proprietário relatou que a cadela sempre apresentou incontinência urinária. Após exame clínico geral, realizou-se a palpação digital da vagina detectando-se estenose vestíbulo vaginal acentuada, impossibilitando o exame mais profundo do canal vaginal. Em nova avaliação com o animal em estro, o relaxamento do tecido vaginal por ação estrogênica possibilitou a palpação digital da vagina e verificou-se uma bifurcação no canal, cranial ao meato urinário. Com o animal sob sedação procedeu-se o exame de endoscopia vaginal e foi possível confirmar que tratava-se de um septo vertical formado por um feixe de tecido a uma profundidade de aproximadamente 8 a 10 cm cranial à junção vestíbulovaginal, e não de uma duplicação verdadeira do canal vaginal. Para resolução foi indicada vaginoplastia para retirada do septo e correção da estenose, associada à ovariosalpingohisterectomia e colpossuspensão para correção da incontinência urinária.