Thyago Araújo Gurjão
Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB
Rodrigo de Souza Mendes
Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB
Rosangela Maria Nunes da Silva
Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB
Ermano Lucena de Oliveira
Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB
Almir Pereira de Souza
Universidade Federal de Campina Grande, Patos, PB
Resumo
Foi determinado o padrão referencial do eixo elétrico cardíaco para caprinos adultos, bem como a influência da disposição corporal e do padrão racial sobre essa variável. Para tanto, foram utilizados 100 caprinos adultos distribuídos em quatro categorias por padrão racial, de igual número (n=25), em: Moxotó, Boer, Saanen e sem definição racial, machos e fêmeas, pertencentes ao Hospital Veterinário e ao Núcleo de Pesquisa para o Desenvolvimento do Trópico Semiárido (NUPEÁRIDO) e, propriedades privadas da região, com faixa etária acima de um ano, sem histórico de doença sistêmica. O registro eletrocardiográfico foi realizado para cada posicionamento corporal adotado (decúbito lateral esquerdo, decúbito lateral direito e estação), totalizando três registros por animal. Para a determinação do eixo elétrico médio (EEM) foi empregado o método da triangulação, adotando-se a diferença da amplitude líquida e da polaridade do complexo QRSmV nas derivações DI e DIII, logo cruzadas em tabelas em eixo cartesiano, obtendo-se o ângulo médio representativo do vetor médio de despolarização ventricular. Os valores do EEM obtidos foram submetidos à análise de variância para K amostras independentes paramétricas ou não paramétricas e análise descritiva dos dados (freqüências absoluta e relativa). Conclui-se que a derivação que mais se aproxima da atividade elétrica ventricular da espécie caprina é a DII. Sendo o posicionamento em estação que menor conduziu a variação do EEM. Em relação ao padrão racial, considerando o peso corporal e a circunferência torácica como parâmetros de avaliação, os caprinos da raça Moxotó apresentaram medidas torácicas estatisticamente inferiores aos demais grupos. Assim, as características particulares de conformação torácica desta raça determinam uma maior dispersão do vetor médio de despolarização eletrocardiográfica.