Jomel Francisco dos Santos
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns, PE
Matheus Castro Franco
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns, PE
Ueliton Assis de Lima
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Laboratório de Anatomia, Garanhuns, PE
Thiago Arcoverde Maciel
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns, PE
Márcio de Barros Bandarra
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, Jaboticabal, SP
Daniela Oliveira
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns, PE
Resumo
O presente trabalho empregou técnicas de imuno-histoquímica e citoquímica para avaliar a presença de componentes-chave para o desenvolvimento da contratura articular na espécie ovina e a potencialidade desta espécie como modelo experimental para estudo desta patologia. Para tanto, foram utilizadas 15 cápsulas articulares de joelhos de ovelhas Santa Inês sadias para localização de miofibroblastos e mastócitos. Para investigação de miofibroblastos foi realizada a técnica de imuno-histoquímica. Após a preparação para rotina histológica, a recuperação antigênica foi realizada por aquecimento em citrato, seguida pelo bloqueio das peroxidades, bloqueio de proteínas inespecíficas e então, o anticorpo primário foi incubado. Após, o anticorpo secundário foi acrescentado aos cortes, e o cromógeno DAB foi adicionado. As lâminas foram contracoradas com Hematoxilina de Harris e montadas. Na técnica citoquímica, foi aplicada a coloração de Azul de Toluidina para evidenciação dos mastócitos. As análises dos cortes foram efetuadas em microscópio de luz. As contraturas articulares são complicações severas de doenças articulares que podem limitar permanentemente a função de extremidades. A articulação do ovino é um modelo promissor para a investigação dos estados normais e patológicos, pela semelhança com a biomecânica de determinadas articulações humanas. Os controles positivos da pesquisa de α-SMA (cérvix ovina) e de mastócitos (cordão umbilical) foram marcados ou corados satisfatoriamente pelas respectivas técnicas. Nas cápsulas articulares, a proteína foi observada na parede de artérias e raros miofibroblastos foram observados em cada corte, assim como poucos mastócitos foram corados. Outros estudos sobre lesões de cápsula articular de ovinos devem ser conduzidos para confirmar a presença de miofibroblastos e o desenvolvimento da contratura articular.